[Review] - Saviorless

1 mês atrás • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

Saviorless é atraente por 3 motivos: gameplay, história e arte. São as 3 áreas que eles investiram pra deixar o jogo interessante.

Em gameplay, inicialmente a proposta é algo comum e de fácil aceitação: um misto de plataforma e puzzle, sendo mais puxado pro plataforma do que pra puzzles muito complexos, no caso, os puzzles são mais como uma forma de diversificar, te fazer explorar, ou gerar situações diferentes pro próprio gameplay de plataforma.

Nós controlamos Antar, um garoto que quer chegar num local abençoado, as Ilhas Sorridentes, e esse garoto não tem poderes, então, ele pode só mexer objetos, escapar e usar a inteligência pra se livrar de chefes poderosos.

Mas note que eu usamos a palavra “inicialmente”, pois isso não é tudo que você pode esperar do jogo. Além de Antar, também controlamos Nento, que é basicamente o oposto do Antar, um ser poderoso e violento, e com ele, temos trechos de ação, com chefes de batalha corpo-a-corpo.

Com isso, percebam que se trata de um jogo dinâmico, afinal, você tem plataforma, ação, puzzle, chefes que não tem combate direto, chefes de combate direto, dentre outras surpresas que é melhor manter no campo das surpresas mesmo.

Em termos de história, Saviorless é intrigante. Você é apresentado a um trio de personagens que se chamam de narradores, ao menos o mais velho se chama assim enquanto aparenta treinar seus 2 sobrinhos crianças. Eles falam como se a função de narrador fosse mais próximo ao controle das pessoas, uma função divina, bem aos moldes gregos onde deuses tem tarefas específicas e que estão suscetíveis à erros.

A relação entre os 2 protagonistas, Antar e Nento, também é muito curiosa, pois você não entende de imediato, é uma apresentação direta, sem contexto, e aos poucos, o caminho de ambos vai se cruzando. Por fim, o segredo das Ilhas Sorridentes e a relação dela com o próprio Título do jogo, Saviorless, é algo significativo. É um jogo misterioso que fica te colocando desconfianças.

E por fim, a arte. Visualmente já se nota que é algo que eles focaram, pois o estilo visual do jogo é lindo, com esse estilo desenhado. Porém, existem outros charmes, como o toque sombrio de leve que ele tem. Não que seja algo como um Little Nightmares, um jogo praticamente de terror, mas em Saviorless, existe um tom violento/sombrio que não se espera ao ver trailers e entra em contraste com a sua arte mais colorida e vívida. Isso por cenas de morte, sangue e mesmo alguns designs de inimigos que são medonhos ou bizarros. Novamente, não dá pra considerá-lo um jogo de terror, mas ele quer passar um tom de perigo e não economiza recursos visuais para isso.

Ainda falando de arte, a arte sonora, a trilha do jogo, é boa. Não são temos muito marcantes, mas tem uma boa qualidade sonora e cumpre seu papel muito bem.

O final do jogo chegou em 3 horas e meia, foi bem curto, mas, não foi o único final possível, sendo, na verdade, o final falso, pois o verdadeiro só vem coletando todas as páginas dos capítulos, são 5 a 6 recortes de página por capítulo. Foi uma boa decisão de recompensar o jogador por explorar a mais e topar desafios a mais, pois muitos desses coletáveis estão visivelmente óbvios, mas, requerem um desafio adicional para conseguí-los. Ao fim do capítulo, um NPC te parabeniza por ter completado a página, ou, te pergunta se você quer reiniciar aquele capítulo, caso não tenha conseguido tudo.

Infelizmente, como fez parecer, muitos desses coletáveis estão em locais sem volta, então, caso tenha perdido, não tem jeito, só reiniciando. Ao menos isso extende o tempo de jogo, porém, provavelmente os 100% venham antes das 10 horas, pois mesmo os chefes sendo desafios razoáveis, não tem nada que te faça perder muito tempo nele, o mesmo para as fases e puzzles, a maioria, pegando o jeito, vai te permitir passar numa segunda vez na metade do tempo.

A proposta do jogo, inicialmente, deixa uma impressão de que será uma jornada sem muitos altos. Desde o começo ele se mostra bom de jogar, mas, reconhecendo ser um puzzle/plataforma, e começando com o garoto, dá a impressão de jogo indie limitado que justifica a limitação com, por exemplo, um protagonista simples e sem poderes.

Porém, o jogo vai pegando o jeito conforme diversas situações aparecem, incluindo os trechos de ação, mas não só eles. Mesmo sendo curto, o jogo traz cenários que apresentam propostas muito diferentes, desde levar um objeto por um longo trecho com obstáculos, a escapar de inimigos enquanto usa a força deles a seu favor.

Não sei se você costuma jogar jogos curtos, mas acredite, muitos conseguem a proeza de mesmo em 3 horas, ou menos, te deixar entediado, e felizmente, não é esse o caso do Saviorless, afinal, ele tá sempre alternando entre plataforma, puzzle, ação, mas não só isso, ele também alterna entre temáticas do cenários e de gameplay central, então, é até curioso como o contador de horas diz que foram 3 horas e meia, mas, na memória, ele durou mais, pois você lembra de muuitos trechos diferentes, momentos que marcaram por um diálogo, um desafio, um sistema de gameplay diferente, um chefe…  dá pra dizer que é um jogo onde você vive intensamente.

Pra muitos o tempo de jogo é algo essencial pra se comprar e jogar, mas vale lembrar que ele não custa muito e que mesmo sendo curto, é algo sempre movimentado, e mais vale 5 horas boas do que 20 onde só 5 foram boas e o resto seria dispensável.

CONCLUSÃO

Saviorless já estava no radar, e tendo a oportunidade de jogar antecipadamente, deu pra experimentar e terminar o jogo.

Foi uma experiência que começou boa, e foi melhorando, e isso é muito bom (problema é o contrário, começa legal e vai ficando chato). Começa com um jogo inocente de um garoto frágil pulando por montanhas e a coisa ai engrenando e ganhando novos mecanismos, incluindo ação e surpresas na história.

É uma recomendação segura, não só porque puzzle e plataforma é algo muito comum e que a maioria das pessoas costuma gostar, como também pela qualidade do jogo, mas principalmente pelo seu baixo valor.

Esse é o primeiro jogo independente cubano a fazer parceria com publicadoras internacionais após OITO anos de projeto do estúdio Empty Head Games, que é feito por duas pessoas, o artista e game designer, o Josuhe Pagliery e o programador David Daries!

A publicadora geral é a Dear Villager, que tem trabalhado com outros indies que tem ido bem, como Born of Bread, Astria Ascending e Nocturnal e no Nintendo Switch, a Dear Villager está em parceria com a Plug in Digital, que também tem lançado muitos jogos bons, como Elypse e o vencedor do Coelho Awards em jogo de ação, Gravity Circuit, e fica a dica:

A Plug In Digital está lançando MUITOS jogos bons e baratos, e baratos por localização, pois eles reduzem o valor original e adaptam pra nossa realidade. O Saviorless mesmo, custa mais que o dobro, R$65 reais nos Estados Unidos, e aqui, R$23 reais, e traduzido ein!

Então, fica nossa explicação e recomendação para Saviorless, um jogo bom e barato, e é mais uma das dicas que nós damos pro jogador de Switch (e não só Switch, claro) poder pagar pouco pra jogar bem. Amigos, sigam a gente pra mais dicas, nós temos a missão de ajudar todo mundo da comunidade a não ser rico pra poder jogar.

O jogo poderia ter mais opções como dificuldades, modo speedrunner, entre outras coisas, além disso, ele tem esse problema pra fazer 100% de ter que refazer o capítulo se perder a situação onde o pedaço de página aparece, poderia ter um sistema mais prático pra voltar quando e onde precisar (talvez não fizeram isso pra aumentar o tempo de gameplay).

Mesmo sendo simples, ele é redondinho, acertou nas 3 áreas que ele focou, e, sempre bom ressaltar, entrega um bom jogo por um valor bem baixo de R$23 reais.

NOTA: 8.0/10
TIER: A


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