Review | BEYBLADE X XONE

9 horas atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
Desenvolvedora: GrooveBoxJapan
Publicadora: FURYU Corporation
Gênero: ação
Data de lançamento: 14 de Novembro de 2024
Preço: R$235,70
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia adquirida pelo redator.

Revisão: Manuela Feitosa

Beyblade, o brinquedo da Takara Tomy que marcou a infância de muitas crianças e continua a fazer sucesso, está mais forte do que nunca. Tendo começado com Bakuten Shoot Beyblade e já se tornando um fenômeno, a marca se estabeleceu muito bem no mercado com sua ideia de piões de batalha que duelam entre si, possuindo mais ou menos a mesma idade que outras franquia de monster-taming dos anos 1990 como Pokémon e Digimon.

Com sua ideia central mudando ao longo dos anos, Beyblade passou por várias gerações, até, em tempos contemporâneos, estar sendo um fenômeno dentro e fora do Japão com Beyblade X, sua quarta geração. Com muitas pessoas equiparando o desejo dos japoneses por estes Spinning Tops ao Switch (que agora está para passar o bastão para o Nintendo Switch 2), Beyblade visa com esta geração ir além do conceito anterior de ser apenas um brinquedo para crianças. Agora mirando muito mais do que antes em seu aspecto competitivo, incluindo uma frase muito famosa em seu marketing, autodenominando-se: “Gear Sports”.

Dentre a tamanha história da série como um jogo e um brinquedo, apesar de muita gente se apegar mais ao anime (que possui como seu óbvio propósito vender Beyblades), a franquia desde o princípio se aventurou bastante nos videogames, com uma gama muito pequena destes tendo vindo oficialmente para o ocidente, tanto em consoles da Nintendo como de concorrentes. Tais jogos não possuem uma fama de terem uma qualidade absurda, apesar que este reviewer que vos escreve sempre teve um carinho pelos que jogou. Portanto, hoje falaremos do mais recente título da série para consoles: BEYBLADE X XONE.

Vamos entender melhor sobre o game e a quem eu recomendaria, pois há aspectos a serem considerados em relação ao quão Beyblade X Xone consegue abranger um publico maior, mas já chegaremos lá. Então vamos lá Bladers e não Bladers, entendamos melhor do que se trata o novo game da franquia da Takara Tomy.

Este jogo é pra mim?

É um pouco estranho iniciar uma review fazendo uma pergunta destas, mas há uma razão para que eu tenha encaixado isto no início deste texto, pois… BEYBLADE X XONE mira muito mais em fãs da marca do que em novos fãs.

O maior motivo disto está longe de ser a gameplay, mas sim o fato de que este título da franquia dos Spinning Tops se passa no universo do anime de Beyblade X, mais especificamente a primeira temporada. Em questão da história, o que o game vende como sua ideia principal é o fato de se ter um elenco novo no mesmo ambiente dos personagens do anime, o que faz com que seu appeal seja para quem possua um vínculo com o elenco de Beyblade X previamente.

Uma pessoa que está tendo contato com Beyblade X sem este contato prévio com a animação irá se sentir deslocada. O mais interessante de tudo isto é o seu avatar interagindo com tanto o Time Persona — protagonistas do anime — como também com as demais equipes que fazem parte da Torre X, lugar onde as competições de Beyblade acontecem no anime. Tudo isto que falei acaba por englobar até mesmo o fato do quão divertido é olhar as tamanhas referências às Beys dos personagens e sentir a sensação interativa de enfrentá-los, algo que um anime não consegue oferecer tanto quanto um jogo.

Então sim, BEYBLADE X XONE mira muito mais em quem já é um fã da série e, no contexto da história a ser contada, tanto um futuro fã como um fã que assistiu Bakuten Shoot Beyblade na infância e está no mínimo interessado em ter contato com um videogame da série novamente irá aproveitar apenas o aspecto da gameplay. O grande problema é que esta pessoa não irá se divertir muito com a história, provavelmente. Então, após um tópico com esta importante ressalva contextual, vamos abordar a gameplay e suas mecânicas.

A era da aceleração

Cada geração de Beyblade possui uma gimmick própria, com muitas destas fazendo parte da mesma geração, desde Bakuten Shoot Beyblade até os dias atuais. Se no princípio a franquia possuía uma visão típica de sua época de focar no misticismo das bestas sagradas (conhecidas no ocidente como feras bit) e não focar tanto em aspectos realistas da batalha, Beyblade X almeja o completo oposto disto. Seu novo foco é vender a mecânica do jogo como sua principal ideia e é aí que entramos na palavra chave: Aceleração!

A série já possuiu este conceito antes, porém Beyblade X criou um design focado nisto. A arena possui pequenos trilhos espalhados em volta para que as Beyblades (principalmente as ofensivas) com as pequenas serras em sua bit (parte de baixo do pião) ganhem impulso por meio destes trilhos e executem ataques mais fortes, com o preço a ser pago à força rotacional de seu Bey. O nome oficial desta gimmick é X-Treme Dash. Por óbvio, tive que explicar isso nestes dois parágrafos acima para elaborar como a gameplay deste jogo funciona, já que é uma versão digital do brinquedo com algumas mecânicas diferenciadas.

Devido à natureza frenética dos x-treme dashes, digamos que nosso papel na batalha é um pouco mais passivo do que jogos anteriores de Beyblade, já que não controlamos a beyblade ativamente como no jogo de PS1 ou no jogo de Gameboy Advance. Tudo o que fazemos é apertar L e R para atacar ou dar um pairing. Inicialmente isso tinha me dado um estranhamento mas, particularmente me diverti com essa gameplay um pouco mais passiva, dadas certas ressalvas.

Além disto, há quatro tipos de Beyblade: Ataque, Defesa, Resistência e Equilíbrio, com seus devidos conceitos autoexplicativos por seus nomes.
Em questão de usabilidade in-game, há um nítido desequilíbrio entre estas, principalmente com as beyblades de ataque, a qual seria resolvida por uma IA melhor para os NPCs em batalha.
Afirmo isto pois com Beyblades de ataque com um stat de dano altíssimo, a sua necessidade de apertar o botão de atacar é muito mínima contra a máquina, com os x-treme dashes vencendo a batalha sozinhos. Isto que falei acima se aplica para a história mesmo, com batalhas utilizando o cérebro ficando reservadas para as ranqueadas do online mesmo, sendo bem divertidas.

Mesmo com tamanha passividade, poder testar os combos me divertiu bastante, me dando vontade de enfrentar o elenco do anime, que como eu disse no tópico anterior, é um prato cheio para quem já é fã como eu.

Por fim, este jogo não é primoroso mecanicamente ou um produto que entregará uma experiência muito refinada. Acredito que ele consiga ser melhor que muitos games que Beyblade já teve, e levando em conta o que a série entregou nos videogames, já me satisfaz (histórico tenebroso). Apesar de tudo, isso pode não ser o caso de muitos, acredito eu, já que possuo um claro viés de fã da série.

Por isto, pegue o que falei com aquela famosa pitada de sal e filtre por si mesmo o que aqui foi dito.

Quantas opções!

O aspecto mais legal de Beyblade, sem sombra de dúvidas, é a grande diversão que é testar as peças, sendo de longe a parte mais divertida do jogo. O desempenho das mesmas possui uma lógica diferente do que se joga nos torneios, devido ao game ser limitado pela questão dos stats, não emulando completamente o jogo, e sinceramente, isso não é ruim.

A minha única crítica em relação a isto é o fato de que seu incentivo ao teste é um pouco limitado devido ao infeliz grinding de raridade das mesmas, algo que confesso, me diverti fazendo até certo ponto, mas é um pouco abusivo. Uma peça com ideias novas não irá te fazer derrotar os bosses da história se não for pelo menos uma estrela a mais do que sua atual, o que te limita um pouco.

Apesar desta questão ser mais limitada, testar os combos continua sendo divertido, principalmente nas ranqueadas, que é onde a dificuldade a ser superada realmente existe. O grinding das mesmas pode ser divertido até certo ponto, porém fica enjoativo à longo prazo. Tirando isto, testar as builds para os bosses (que não são um primor de dificuldade) é deveras divertido, felizmente.

À quem recomendar BEYBLADE X XONE?

Honestamente, facilmente vejo este jogo muito limitado aos fãs da série, devido a necessitar de um contato do anime para se localizar um pouco na história, apesar que é bom levar em conta que todos os games da série sempre focaram nos personagens do anime.

Sua gameplay é um pouco automatizada e isso pode não agradar alguns, mesmo que o online ofereça umas partidas um pouco mais desafiadoras e mais divertidas do que a história principal com sua pífia Inteligência Artificial.
Testar peças continua divertido, sendo a principal feature da franquia Beyblade desde os primórdios, apesar de ser meio limitado devido à questão da raridade e dos stats.

O jogo não entrega uma gameplay acima da média, porém é melhor do que a maioria dos games anteriores de Beyblade que não possuem um histórico de gameplays muito refinadas, infelizmente. Eu confesso que me diverti muito com o game e o consumi muito rapidamente do tanto que gostei, mas em questão de review, não acho que seja um game que mereça uma nota incrível ao ligar o senso crítico para este tipo de questão, então sabe aquele jogo que você ama mas você sabe que ele não é exatamente bom? É assim que descrevo BEYBLADE X XONE.

O jogo não é muito fácil em questão de ser uma porta de entrada e mirar certamente nos fãs do anime, e por isso infelizmente não é tão amigável com fãs novos.

Pros:

  • Muitas opções de personalização;
  • Um prato cheio para os fãs do anime de Beyblade X;
  • Uma gameplay divertida, com suas ressalvas;
  • Batalhas online divertidas.

Contras:

  • Limitado a fãs do anime;
  • Gameplay com muita passividade;
  • Gachas de raridade atrapalham o teste livre de builds.

Nota

7,5

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