Cardápio NintendoBoy — O sabor dos jogos

2 horas atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

Revisão: Ivanir Ignacchitti

Dez de maio, dia da gastronomia… Dia esse comemorado em escala mundial, com todos celebrando e se alimentando de suas comidas favoritas… Eh, não. Na verdade, ninguém sabe que esse dia existe e ele é mais dedicado aos profissionais da gastronomia do que aos alimentos em si. A comemoração oficial, inclusive, acontece só em outubro.

Porém, todo artista tem as suas grandes obras, e este texto retrata as artes do mundo gastronômico — mas dentro dos videogames que tanto amamos. Um detalhe que normalmente passa despercebido por todos, já que jogos são caros e, muitas vezes, os compramos no lugar da alimentação (brincadeira). Assim, nos afastamos dessa necessidade prazerosa que é comer enquanto se joga um third-party no lançamento.

O texto é completamente pessoal: cada redator selecionou uma ou mais comidas dos videogames e comentou sobre elas. Gostos culinários são como opiniões do Luiz Estrella careca — todo mundo tem o seu, mas todos admiram a magnitude artística daquela circunferência que ele chama de cabeça.

Por Marcos Vinícius

Atelier sempre flertou com a culinária em algum nível. Porém, nada de cozinhar no calor do fogão ou sujar pratos, tudo era feito através da alquimia, mexendo o caldeirão mágico para preparar as guloseimas.

Mas é claro que, em algum momento, coisas atípicas surgiriam dali, como a torta falante em Atelier Rorona. No entanto, para o Dia da Gastronomia eu deixarei esta história cômica de lado para falar de algo que é mais curioso e, no mínimo, intrigante: o pudim de peixe de Atelier Ryza.

A infame sobremesa de combinação inusitada é uma iguaria popular no distrito de Rasen, em Kurken Island, terra natal de Ryza. Embora seja uma sobremesa que todos podem preparar na cozinha, ela pode ser sintetizada por Ryza usando ingredientes comuns como ovos, mel e… sardinha! O resultado é um pudim salgado que parece horrível mas o povo de Kurken Island jura que é delicioso.

Curiosamente, o pudim de peixe foi replicado na vida real e existe um vídeo promocional de Atelier Ryza mostrando o preparo passo-a-passo; assista abaixo:

Entrada — Petiscos Pokémon

Por Gabriel Marçal

A comida é parte integral de uma cultura e parte intrínseca da conexão humana também, e um bom exemplo disso é como esse assunto é retratado na franquia Pokémon.

Desde muito tempo temos na franquia a presença das tradicionais Berries — frutinhas de diferentes formatos, cores e sabores que tem efeitos em combate — algumas delas são bem genéricas, como as que curam o HP ou alguma condição de status do Pokémon; outras são mais específicas impedindo uma vez que um monstrinho tome dano super efetivo de um tipo específico, por exemplo. Elas sempre foram uma maneira divertida de integrar esses alimentos na mecânica de combate principal do jogo, mas a franquia não parou por aí.

Com adições posteriores como Pokéblocks em Hoenn, Poffin em Sinnoh, e por aí vai, tivemos vários alimentos feitos com adição das já conhecidas Berries. Em geral, eles possuíam um sabor bem definido, como doce, azedo, apimentado ou amargo, por exemplo. Além disso, eles melhoravam os stats “sociais” do Pokémon atrelados a mecânica de Contests e tinham efetividade variada de acordo com a predileção do Pokémon que você alimentar, dando um toque bem humano. Nessa interação, os Pokémon com naturezas diferentes vão preferir comidas diferentes.

Em Unova especificamente, podemos também encontrar as Casteliacone, um sorvete especial que funciona como um remédio para todos os tipos de status condition. Esse item bastante divertido adiciona ao flavor do local, sendo a venda desse sorvete bastante restrita: o jogador pode comprar apenas uma unidade, uma vez por semana, na terça, com exceção do inverno. Mas o verdadeiro ápice da integração de culinária com a jogabilidade em Pokémon são definitivamente os sanduíches de Paldea!

Além de curar seus Pokémon, gerar ovos, entre outras situações, o sistema de manipulação de encounters através dos sanduíches é simplesmente sensacional. Ela traz um dinamismo para o modelo open world dos jogos mais recentes, seja para procurar aquele Pokémon com spawn menor, para aumentar a chance de achar um shiny, ou treinar EV’s, por exemplo. Basicamente, todas as atividades que vão além do básico funcionam melhor com o uso adequado do sanduíche. Não só isso, ele funciona como um momento de ver seus Pokémon fora da Pokébola e adicionam muito ao senso de aventura, além de trazer sua party de volta para a ação.

Devo bater palma, pois, se existem muitas coisas imperfeitas no Pokémon Scarlet Violet, a relação do jogo com comida — algo que cresce desde o início da franquia — é um acerto incontestável.

Acompanhamento — Churrasco de Pernil de Dragão

Por Vinícius Madeira

Um jogo indie cuja premissa toda de sua história e gameplay gira ao redor de culinária estava fadado a ter um certo foco na aparência dos pratos, mas Battle Chef Brigade eleva esse aspecto com artes detalhadas de cada prato. E, como estamos falando de comida, vamos falar de algo que uma boa parcela dos brasileiros amam: churrasco.

Ao derrotar o terrível dragão, um dos inimigos poderosos da primeira área do jogo, os chefs podem preparar essa iguaria feita com a carne desta criatura mágica (que deveria ser carne branca por ser um réptil, mas como o jogo trata como carne vermelha, vamos prosseguir). Junto com os vegetais e ovos, a comida não é só agradável ao olhar, mas se fosse real, provavelmente teria um alto valor nutritivo.

Esse prato é certamente um dos mais bonitos de Battle Chef Brigade, mas não é o único. Recomendo que os nossos leitores dêem uma chance ao jogo e vejam o carinho colocado na arte detalhada de cada alimento.

Prato principal — Tetsu?

Por Luiz Estrella

Xenoblade Chronicles X tem uma piada recorrente no início de cada capítulo novo da história principal. A personagem Lin pergunta ao jogador que tipo de refeição ele gostaria de comer. Você tem opções bem abrangentes como “algo frito” ou “algo chique” e, a partir disso, ela prepara um delicioso prato.

Confesso que é um pouco irritante o fato de todo capítulo começar com essa ceninha e sempre ser uma espécie de piada com o fato de Tatsu, o Nopon, parecer uma comida. Isso pode muito bem ser um tipo de humor japonês que não se traduz tão bem para a gente, mas a repetição é algo que de fato testa a paciência.

Bom, se as piadas não são tão boas, pelo menos as comidas parecem ser. Na “Definitive Edition” do Nintendo Switch, os pratos receberam um considerável upgrade visual. Para começar, o frango frito é um clássico e parece bem apetitoso, acompanhado de batatas fritas, purê e alface. É simples, mas funciona.

Já para algo mais refinado tem a opção de carne assada no vinho. Acho interessantes essas opções mais “gourmet” e com certeza tem alguém no time da Monolith Soft que se divertiu criando esse menu. Tem até “foie gras”, que eu nem sabia o que era, mas pesquisando aqui é um prato que pode ser feito com fígado de ganso ou pato.

Enfim, pelo menos ver esses pratos é algo mais divertido do que aguentar as repetidas piadas sobre o nosso amigo Nopon.

Sobremesa — Que tal uma fatia de bolo?

Por Mandow

Eu tenho um paladar extremamente infantil, sendo praticamente uma formiguinha. Logo, já pensei em colocar doce neste texto. Fiquei entre três opções e resolvi abordá-las — todas elas sendo bolos.

Bolo de Portal

Esse bolo é um caso curioso. Visualmente, trata-se de um bolo de chocolate relativamente simples com cerejas, e, justamente por essa simplicidade, ele já me atrai. Degustaria tranquilamente e um dia ainda tentarei fazê-lo na vida real.

Porém, o contexto em que ele aparece no jogo é simbólico. Ele é prometido como recompensa à protagonista por se submeter a experimentos científicos. Isso dá um tom mais pitoresco à coisa toda, afinal, quem não gostaria de um bolo e uma terapia prometidos por uma robô icônica?

Esse bolo gerou a frase mais icônica da duologia Portal: “The Cake is a Lie”. Porém, parece ser a mentira mais gostosa já contada. Um dia o farei com minhas habilidades culinárias em desenvolvimento.

Bolo de Aniversário da Princesa Peach

Vou ser honesto: não gosto de doces com morango. Mas, quando esse mapa, oriundo do primeiro Mario Party, foi refeito para o segundo jogo da franquia no Nintendo Switch e eu o vi pela primeira vez, não pude deixar de achá-lo lindo.

Os mapas dos antigos Mario Party sempre foram icônicos e únicos entre si. O retorno de alguns deles nesse título moderno me deixou muito feliz, especialmente considerando o quanto o jogo anterior (Super Mario Party) pecava nesse aspecto. Eu não mencionaria um tipo de doce que nem gosto neste texto por puro capricho. Além de ser meu mapa favorito no Mario Party Superstars, ele sempre foi bem construído desde o primeiro título. Ver essa versão repaginada, muito mais bonita, me fez querer experimentar algo parecido na vida real, vontade essa que é despedaçada ao lembrar que é um doce de morango, mas fazer o quê?

Além disso, a Peach coloca miniaturas do Wario, Donkey Kong, Yoshi, Mario e Mario verde (Luigi, duh) no próprio bolo de aniversário, o que prova que o Wario e DK são icônicos e que a princesa é carente o suficiente a ponto de decorar o próprio bolo de aniversário com os amigos.

Bolo do Minecraft

Não sendo um ancião em idade como alguns colegas redatores, Minecraft naturalmente marcou minha vida — estando, no mínimo, no top 3 jogos mais vendidos do mundo (há discussões sobre isso por causa das diferentes versões de Tetris). O jogo é marcante por diversos fatores, principalmente pelo visual extremamente único. E, entre tantos elementos visualmente icônicos, temos o bolo.

Para começar, ele recupera muito bem a fome no jogo, sendo um dos melhores alimentos para um jogador solo. Além disso, é o único que exige ser colocado no cenário antes de ser consumido — o que permite que ele seja compartilhado com amigos. Isso o torna a única comida do jogo com essa função social, sendo perfeito para comemorar aniversários no mundo virtual… já que você é carente e não tem amigos (snif), o bolo que mais exala “aura” dos videogames.

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