[REVIEW] - Donkey Kong Country Returns HD

1 mês atrás • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

A série Donkey Country está toda disponível no Nintendo Switch para assinantes do Nintendo Switch Oline.DKC 1, DKC 2, DKC 3, e até mesmo os Donkey Kong Land 1, 2 e 3 estão lá.

Meu jogo de plataforma 2D favorito da vida é Donkey Kong Country Tropical Freeze, que foi lançado originalmente no Wii U, e relançado em sua melhor versão no Nintendo Switch. O único game que faltava era justamente este aqui, Donkey Kong Country Returns.

Este game é o irônico retorno do jogo que no Nintendo Wii marcou o retorno da série Donkey Kong Country.

VALE A PENA COMPRAR OUTRO?

Donkey Kong Country Returns é um bom jogo. Ele é conhecido por ser um jogo bem difícil mas agora ele conta com uma opção de dificuldade mais adequada nesta versão de Nintendo Switch, fazendo ele ser satisfatório para adultos, mas também muito divertido e adequado pra crianças e pessoas com menos habilidades. Mas e pra quem já jogou donkey Kong Country Tropical Freeze no Switch? Bem…

Calma que isso carece de mais contexto.
O que exatamente é esse jogo, pra quem tá perdido?

Donkey Kong Country Returns tem esse nome pois foi o retorno da série de plataforma em rolagem lateral, Donkey Kong Country, que marcou o Super Nintendo com uma trilogia totalmente amada pelos nintendistas, mas era uma série feita pela Rare, que se tornou um estúdio da Microsoft, a desenvolvedora de Sea of Thieves.

Os responsáveis por trazer a série de volta com esse jogo foi a Retro Studios, os criadores de Metroid Prime, e TALVEZ esse estúdio foi escolhido pra manter a veia ocidental da série, já que a Nintendo e boa parte de seus estúdios são japoneses, e a Rare, que fez a trilogia clássica, é europeia.

O jogo estreou no Wii e depois foi relançado no 3DS, porém, talvez seja hora de admitir que mesmo tendo 2 versões, faltava uma definitiva. No Wii, o jogo fazia obrigatoriamente uso dos controles de movimento, e nem todo mundo gostava disso. Daí no 3DS isso mudou, e ainda transformaram a fase final num mundo final com 8 fases novas, ajustaram várias coisas, colocaram opções de dificuldade e Mirror Mode, mas, é um gráfico muito ultrapassado, principalmente pros dias de hoje, além de rodar a 30 fps, o que atrapalhava a busca dos 200% por ser um jogo difícil, e por fim, não tinha multiplayer local já que era um portátil. E então, temos agora o enfim, melhor dos mundos:

Na versão de nintendo Switch, As melhorias e adições da versão 3DS mas com a taxa de frames da versão Wii, multiplayer local e, claro, melhores gráficos, ficando enfim em HD.

O Country Returns do Wii, a estreia do jogo agradou por ser um bom retorno à uma série tida como encerrada por muitos, mantendo a alta dificuldade (principalmente pros padrões do Wii) além de trazer novos elementos de jogabilidade, retorno de fases queridas como as focadas em barris explosivos e carrinhos de mina, em adição com outras temáticas que também se tornaram clássicas como as fases de barril-foguete.

Dentre as reclamações, estão, os já citados controles de movimento obrigatório, ausência de fases aquáticas e de neve e em geral, os inimigos da tribo Tiki Tak também não foram tão bem aceitos comparados com os Kremlings, da série de Super Nintendo.

E tudo isso foi resolvido na sequência lançada pra WiiU “Donkey Kong Country Tropical Freeze”, feito também pela Retro Studios e que TAMBÉM tem uma versão pra Nintendo Switch.

E é aqui que o relançamento de Country Returns HD se assemelha à um Luigi’s Mansion 2 HD do ano passado: ambas as remasterizações tem, no mesmo console, uma sequência que é mais aclamada, embora seja algo pessoal, mas é uma opinião predominante, e custando o mesmo preço sendo que Luigi’s Mansion 3 e Donkey Kong Tropical Freeze, por serem jogos mais recentes, são mais bonitos que as remasterizações de seus antecessores.

Então, antes de falar mais sobre o jogo, é preciso dizer algo : Country Returns HD não substitui Tropical Freeze.

Eu recomendo o jogo pra quem:
- ou já jogou Tropical Freeze e quer mais;
- ou pretende jogar os 2…. e prefere começar por Country Returns HD, seja por que ele é o primeiro da duologia da Retro Studios, ou, pra deixar o melhor pro final.

COMO É O JOGO?

“Donkey Kong Country Returns HD” apesar de ser ocidental, traz a veia japonesa da Nintendo de “a história é apenas um contexto pra tudo acontecer”, começando com uma apresentação da tribo chamada Tiki Tak, seres místicos vilanescos liderados por Tiki Tong, essa tribo hipnotizou os animais da floresta para serví-los, mas como os Kongs são imunes, Donkey e Diddy Kong partem para salvar a Donkey Kong Island.

A física do jogo é muito boa, você não sente que morreu por falta de resposta dos controles, e olha que muitos pulos precisam envolver truques quase que acrobáticos, mas dominando o gameplay, você consegue. Jogamos com o DK que pode ter ajuda do Diddy em suas costas, fornecendo sua mochila à jato que retarda a queda nos pulos, então a gente consegue ficar um tempinho a mais no ar. Se jogar em multiplayer coop, aí cada um controla um dos macacos separadamente e só assim pra controlar o Diddy separadamente.

O jogo tem 8 mundos com um número variável de fases em cada um deles, e esses mundos tem uma boa coesão entre eles, representando bem uma jornada da casa dos Kongs, que fica perto da praia na ilha, até o topo dela, onde está Tiki Tong. Ou seja, a relação com os mundos do jogo, passam um tipo de storytelling, dá pra ver o “estamos cada vez mais longe de casa”.

Várias fases tem temáticas e mecânicas únicas, além de inimigos próprios de cada mundo. Isso torna o jogo dinâmico, não te deixando enjoar dele, pois tem sempre algo novo aparecendo, e não só aparecendo, mas te convencendo de que aquilo é uma boa ideia. É level design primoroso na sua essência.

Várias fases tem temáticas e mecânicas únicas, além de inimigos próprios de cada mundo. Isso torna o jogo dinâmico, não te deixando enjoar dele, pois tem sempre algo novo aparecendo, e não só aparecendo, mas te convencendo de que aquilo é uma boa ideia. É level design primoroso na sua essência.

Porém, se tem uma área onde Country Returns brilha demais, é nos chefes. Tirando o primeiro que é meio “tutorialzão”, cada boss battle do jogo te surpreende de algum jeito, pelo jeito diferente de combatê-lo, pelo uso da fase naquela batalha (pois quando pensamos em boss battle, entendemos como “1 contra 1” e aqui, tem batalha que é quase uma fase kk), ou mesmo pelo design criativo. É só chefe bom, amigos.

Outro mérito do jogo é a sua versatilidade, pois, apesar de ser claramente um jogo feito pra desafiar, em algum nível, existem vários jeitos de se jogar o game. Pros que tem dificuldade em plataforma 2D, ou sequer nunca jogaram, existe um modo fácil onde o DK tem 3 corações em vez de 2, e isso ajuda, mas não tanto pois, você ainda morre ao cair haha de qualquer forma, apenas chegar no final das fases, não é uma tarefa tão complicada.

E se isso não for fácil o bastante, o jogador pode comprar itens que deixam o jogo ainda mais fácil, como um coração extra ou uma poção que deixa o DK invencível.

Já para quem quer se desafiar um pouco, o jogo tem as famosas letras K-O-N-G, e nesses jogos da Retro Studios, elas não estão muito escondidas não, é bem fácil de ver onde estão, porém, não é tão fácil de pegar essas letras, pois eles colocam em lugares estratégicos pra justamente criar esse desafio a mais. Pegando todas as letras KONG de todas as fases de um mundo, temos acesso às diversas surpresas do pós-game.

E se isso não é o suficiente, jogadores ainda mais dedicados e que buscam desafios maiores podem buscar não os 100%, mas os 200%, coletando também as peças de quebra-cabeça, que aqui sim várias estão muito bem escondidas, e aproveitar os modos extras como time attack onde o jogador tem metas de tempo pra concluir cada fase. Nesse modo, não perdemos vidas ao morrer pois o jogo sabe que você tá no modo full desesperado haha além disso, é bem desafiador conseguir ouro. Se você jogou a versão 3DS sabe que tem um outro jeito de reaproveitar as fases, e ele está aqui também, mas…deixa o pessoal novato descobrir sozinho.

Com tudo isso, fica difícil contar quantas horas tem esse jogo, pois vai depender muito do seu perfil de jogador, o que você quer fazer nele. Os que buscam os 200% podem passar de 30 horas tranquilamente (isso pensando que você é o bichão dos jogos de plataforma haha), o que faz o valor alto do jogo ficar até justificado. Os jogadores que buscarem pelo menos as letras KONG e concluir o pós-game básico, devem levar entre 10 a 15, até 20 horas, sendo isso muito relativo à habilidade do jogador e o quanto ele vai, ou não vai, ficar travado em certas fases (e por mais que alguns achem 10 horas pouco, pensem que pra terminar o jogo nisso, tem que ser muito bom, e se você é muito bom e quer mais tempo de gameplay, é só se desafiar mais nos outros modos de jogo e colecionáveis). Lembrando também que cada jogador joga do seu jeito, então, de repente você não quer pegar todas as peças de quebra-cabeça, mas quer fazer os time attacks, ou vice-versa… talvez você busque o ouro em todos os time attacks, talvez apenas ter uma medalha já seja o suficiente… o resumo é que: o jogo tem sim um bom  conteúdo.

O jogo tem uma boa trilha, embora não tão memorável quanto os melhores jogos da série, e os cenários são absurdamente detalhados, eles criam uma paisagem realmente viva e contemplável. É um jogo muito bom, galera.

E O REMASTER?

Falando agora da parte da remasterização… está realmente boa, mas poderia ser melhor, sim.

Os gráficos estão bons, atrás do Tropical Freeze, mas melhores que o já citado Luigi’s Mansion 2 HD, por exemplo. Talvez a versão usada foi a de 3DS, pelas fases novas e ajustes gerais e modos de jogo, enfim, e por isso, o visual desse jogo tem uma pegada mais desenhada que o Tropical Freeze. Porém, algumas coisas bem pontuais continuaram feias, no overworld, onde navegamos pra escolher a fase, dá pra ver umas árvores bem feias, alguns elementos de cenário em algumas fases também não tiveram lá um capricho… não é 10/10, mesmo pensando numa remasterização.

Os visuais dessa remasterização também protagonizaram uma polêmica com pessoas comparando acusando downgrade de efeitos em relação à versão Wii (novamente, parece que usaram a versão 3DS como base), então, por exemplo, o efeito da água na praia era melhor no original do que no trailer. Isso melhorou na versão final que jogamos? Sinceramente? Vamos falar a verdade, jogando, na prática ali… quem é que vai lembrar “como era o efeito da água na versão Wii”, sabe? É uma crítica que veículos que fazem comparações tem mesmo que apontar, e cobrar e tals, mas… pro simples jogador final, é algo que…ninguém vai reparar, os gráficos parem sim melhores que os dos trailers, mas se eles arrumaram essas coisas de efeito disso e aquilo que tava melhor no Wii…sinceramente, não pegamos a versão do Wii pra ficar comparando, então, vou ficar devendo essa resposta.

Como foi dito, o jogo traz o melhor dos mundos, controles de movimento (só que agora opcionais), multiplayer local, novos modos, gráficos HD… mas algumas coisas poderiam ser melhores. As cenas, as cinemáticas não foram retrabalhadas (ou pelo menos não o bastante) então, CGs que eram lindas antigamente, aqui ficaram datadíssimas, mais feio que no gameplay. A trilha sonora também poderia ter sido mais remixada, ou mesmo substituída, como a Monlith Soft fez no remaster de Xenoblade Chronicles. Além disso, podia ter mais conteúdo e features novas, um personagem jogável extra e por aí vai.

Ele fez bem a remasterização, mas também, meio que só isso, e nem foi nada exemplar.

CONCLUSÃO

Embora essa análise tenha muitos “poréns”, “mas isso e mas aquilo”, a incrível sensação final de rejogar Country Returns foi muito positiva. É um trabalho relatar o jogo de forma técnica e imparcial, mas falando de modo mais humano, mais jogador… nintendistas amam o DK.

le tem uma pegada de adrenalina em diversas fases que te empolgam, e quando você desliga o modo “crítico de jogos”, apenas curte aquelas maluquices que a Retro Studios colocou pra gente. “Country Returns HD” ainda vem numa boa hora da história dos games, os jogos de plataforma 2D populares estão cada vez mais fáceis, Kirby Star Allies, Mario Wonder, Yoshi… são jogos que, independente da qualidade (Mario Wonder tem muita) marcam verdadeiros ápices de facilidade, e o DK equilibra essa balança, seja com o Tropical Freeze ou agora com o Country Returns HD. Se você gosta de jogos independente do nível de dificuldade, e quer 2 jogos de plataforma da Nintendo, jogue Tropical Freeze MArio Wonder, porém, se você PRECISA da dificuldade pra verdadeiramente curtir um jogo de plataforma… jogue a duologia Donkey Kong da Retro, pois embora o Tropical Freeze seja um jogo mais aclamado, ele também não invalida a experiência do Country Returns.

E novamente, não é sobre “nossa, olha como eu sou hardcore que prefere jogos difíceis”, mas sim sobre equilibrar a balança… a Nintendo tem jogos fáceis de plataforma de sobra, mas é preciso também ter um catálogo de jogos difíceis.

E é por isso que eu não consigo dizer que esse relançamento é desnecessário. É claro que seria melhor ter um jogo novo, é claro que seria melhor ter PT-BR, é claro que o preço poderia ser pelo menos 250 reais….. mas essas considerações não apagam a ÓTIMA experiência que esse jogo proporcionou, e no final… acho que a maioria das pessoas que vem ver uma análise quer saber é isso, se a experiência final valeu a pena, e valeu, valeu muito.

Recomendo à todos que tem aí em casa a versão Wii e 3DS? Não, melhor ficar com seu dinheiro aí e rejogar onde você já tem, a menos que você faça muita questão de algo como o multiplayer local ou 60fps, que não tem no 3DS, ou das fases novas e controles tradicionais que não tem no Wii. Ou se você AMA esse jogo de paixão, o jogo da sua infância.

Mas de verdade, recomendo muito à todos que gostem de jogos de plataforma, principalmente os que sentem falta de jogos mais difíceis, e que gostam do DK. 

“Donkey Kong Country Returns HD” talvez não ficará na elite dos jogos do Switch desse ano, mas pelo menos entre os melhores jogos de plataforma ele certamente ficará, e é sim um primeiro grande destaque de 2025. Começamos o ano bem.

A nota técnica do jogo é de 8, isso porque, em termos do jogo original, certos elementos foram ultrapassados (inclusive pelo Tropical Freeze) e em termos de remasterização, fizeram só o básico, que não tá nenhuma maravilha, mas tá sim com visuais agradáveis.

E a tierlist final, levando em consideração nossa experiência pessoal e nível de recomendação é a tier: A+!

NOTA: 8.0 / 10
TIER: A+


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