Análise – Nikoderiko: The Magical World

4 horas atrás • Universo Nintendo • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

Se você misturasse Donkey Kong Country com Crash Bandicoot, o resultado seria Nikoderiko: The Magical World. E esse é claramente seu intuito. O título é um plataforma que combina fases em 2D e 3D, trazendo uma explosão de nostalgia com seus visuais vibrantes, mecânicas divertidas, colecionáveis e uma trilha sonora simplesmente impecável. Porém, até onde isso seria aceitável por você (e pela Nintendo)?

Similaridades com um gorila do barulho

Flutuamos como Dixie Kong
Flutuamos como Dixie Kong

Desde os primeiros minutos de gameplay, é impossível não lembrar da franquia Donkey Kong Country, principalmente por causa da trilha sonora. E com razão: o compositor de Nikoderiko é ninguém menos que David Wise, responsável por trilhas icônicas como Donkey Kong Country e, mais recentemente, Yooka-Laylee. A sensação de familiaridade é reforçada com pequenos detalhes, como o som ao coletar os morceguinhos dourados, muito parecido com o barulho das bananas nos clássicos da Rare.

Outros elementos reforçam essa conexão: há fases aquáticas em que os movimentos dos personagens lembram muito o que vemos em Donkey Kong Country: Tropical Freeze, e cada estágio oferece letras para formar a palavra “NIKO”, além de contar com níveis bônus escondidos para coletar itens especiais. Homenagem exagerada? Bom, vai de você.

Seletor de fases te lembra algo?
Seletor de fases te lembra algo?

Toda essa semelhança é tudo muito bom e, ao mesmo tempo, ruim. Bom porque remete bastante ao queridíssimo gorila da Nintendo, e ruim porque as mecânicas parecem desengonçadas se comparadas aos games debaixo do selo Donkey Kong Country. Eu certamente fiquei com uma sensação de que estava jogando um clone inferior.

Companheiros animais e novas mecânicas

O jogo tem visuais bem coloridos
O jogo tem visuais bem coloridos

Apesar de tantas homenagens, Nikoderiko também tenta trazer suas próprias ideias. Um dos destaques são os companheiros animais que podem ser invocados a qualquer momento e comprados no Workshop, a fim de serem usados como montarias.

O primeiro é um javali capaz de arremessar inimigos e objetos; o segundo, um crocodilo que salta graciosamente e dá mordidas com efeitos sonoros adoráveis; o terceiro é um sapo que pula alto e dispara bolas de fogo azuis.

Temos fases na água, o que é bem-vindo
Temos fases na água, o que é bem-vindo

Essa mecânica até adiciona uma camada extra de estratégia e diversão durante a exploração dos cenários, mas os animais se mostram um tanto quanto inúteis e dispensáveis, sendo que terminar a fase sem eles daria no mesmo. Senti falta de ter algo exclusivo àquela fase em questão, como em DKC2 em que usamos a aranha pra alcançar locais mais altos no cenário.

Além dos animais, o personagem principal pode realizar movimentos como planar, parecido com a Dixie Kong, e desferir ataques deslizando no chão, tornando o combate e a travessia bem parecida com Tropical Freeze, mas sem a mecânica de trocar de personagem. Ainda assim, é notório a falta de polimento devido a um controle meio flutuante e bug quando socamos o chão com os pés já que o personagem escorrega em seguida.

Toques de Crash Bandicoot

Momentos de perspectiva 3D são ok mas não tentam adicionar mecânica alguma
Momentos de perspectiva 3D são ok mas não tentam adicionar mecânica alguma

Crash Bandicoot também deixa sua marca na experiência. Em certos momentos, Nikoderiko muda sua perspectiva e transforma o gameplay em um cenário 3D completo, onde é possível movimentar-se em todas as direções, não apenas para a esquerda e direita.

Essas transições são fluidas e adicionam variedade à estrutura das fases, mas não são nada surpreendentes porque se limitam demais a usar a perspectiva como um show à parte sem explorá-la à fundo. Senti falta de ter mecânicas que seriam utilizadas exclusivamente nessa perspectiva 3D.

Lutas com chefes são fáceis demais
Lutas com chefes são fáceis demais

Outro elemento interessante é a possibilidade de trocar itens coletados por baús de recompensa no ateliê do jogo. Esses baús desbloqueiam colecionáveis como modelos de personagens, artes conceituais e melodias para serem apreciadas, aumentando o valor da rejogabilidade.

Qual o limite de uma inspiração?

Nikoderiko: The Magical World é uma carta de amor aos fãs de jogos de plataforma clássicos, mas com muitas limitações. Combinando a fórmula de Donkey Kong Country e Crash Bandicoot, o título consegue entregar uma experiência leve e razoavelmente divertida. O visual é encantador e bem colorido, mas tem algo nele que deixa uma impressão de genericidade e até de que os personagens foram gerados por AI. Quanto à trilha sonora impecável de David Wise, ela é fantástica mas não oferece grande variedade, sendo que percebi a repetição de várias ao longo do game. Por fim, Nikoderiko é um produto competente, mas parece não sobreviver longe da sombra de Donkey Kong Country. Os momentos iguais à Crash são até criativos, mas servem apenas como um passeio pelo cenário em vez de acrescentar à jogabilidade de maneira genuína. Quem sabe uma continuação menos “homenagem” seja uma ideia melhor?

Jogo fornecido para análise pela Knights Peak.

Nikoderiko Capa

Análise – Nikoderiko: The Magical WorldVereditoNikoderiko tenta misturar Crash Bandicoot e Donkey Kong Country em uma jogabilidade que alterna entre 2D e 3D. Porém, suas mecânicas transparecem muita homenagem e pouca criatividade ou identidade própria.PrósGráficos coloridosMúsica incrível de David WiseVerticalidade das fasesCo-op é bem bacanaContrasRoda a 30fps, causando um input delayGráficos borrados e serrilhadosO jogo te passa a sensação de ser um clone inferior o tempo todoNão tenta se reinventar em nada, se limitando a ser uma inspiração (até demais)Apesar da variação visual, fases parecem bem iguaisAnimais de montaria são dispensáveisLutas com chefes bem fáceis6{"@context": "http://schema.org/", "@type": "Organization", "name": "Análise – Nikoderiko: The Magical World","image": [ "https://universonintendo.com/wp-content/uploads/2025/04/review-nikoderiko-capa.jpg" ],"review": { "@type": "Review", "reviewRating": { "@type": "Rating", "worstRating": "0", "ratingValue": "6", "bestRating": "10" }, "author": { "@type": "Person", "name": "Jason Ming Hong" } }}

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