Análise – Nikoderiko: The Magical World

6 horas atrás • Universo Nintendo • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

Se você misturasse Donkey Kong Country com Crash Bandicoot, o resultado seria Nikoderiko: The Magical World. Este título é um plataforma de aventura que combina fases em 2D e 3D, trazendo uma explosão de nostalgia com seus visuais vibrantes, mecânicas divertidas, colecionáveis e uma trilha sonora simplesmente impecável. Mas qual o limite da homenagem e inspiração?

Similaridades que podem ser boas ou ruins

Seleção de fase é bem familiar
Seleção de fase é bem familiar

Desde os primeiros minutos de gameplay, é impossível não lembrar da franquia Donkey Kong Country, principalmente por causa da trilha sonora. E com razão: o compositor de Nikoderiko é ninguém menos que David Wise, responsável por trilhas icônicas como Donkey Kong Country, Snake Pass e Yooka-Laylee. A sensação de familiaridade é reforçada com pequenos detalhes, como o som ao coletar os morceguinhos dourados, muito parecido com o barulho das bananas nos clássicos da Rare.

Porém, é notável que as músicas se repetem ao longo das fases e não existem muitas faixas disponíveis, provavelmente por conta de budget. Outros elementos reforçam essa conexão: há fases aquáticas em que os movimentos dos personagens lembram muito o que vemos em Donkey Kong Country: Tropical Freeze, e cada estágio oferece letras para formar a palavra “NIKO”, além de contar com níveis bônus escondidos para coletar itens especiais. O quanto isso é aceitável? Vai de você.

Companheiros animais e mecânicas quase originais

Animais? Temos, mas são dispensáveis.
Animais? Temos, mas são dispensáveis.

Apesar de tantas homenagens, Nikoderiko também traz suas próprias ideias. Um dos destaques são os “companheiros animais” que podem ser invocados a qualquer momento. O primeiro é um javali capaz de arremessar inimigos e objetos; o segundo, um crocodilo que salta graciosamente e dá mordidas com efeitos sonoros adoráveis; o terceiro é um sapo que pula alto e dispara bolas de fogo azuis.

Essa mecânica adiciona uma camada extra de estratégia e diversão durante a exploração dos cenários. Porém, não se engane: esse animais são dispensáveis em toda a aventura. Não é como em DKC em que você depende da aranha em certos cenários pra chegar até o fim, ou pelo menos pra passar grande parte dele. Em Nikoderiko, usar animais te dá poucas vantagens.

Podemos planar igual a quem?
Podemos planar igual a quem?

Além deles, o personagem principal pode realizar movimentos como planar, parecido com a Dixie Kong, e desferir ataques deslizando no chão, tornando o combate e a travessia ainda mais interessantes. Porém, existe um bug que talvez seja decisão de design, mas é irritante o personagem deslizar automaticamente no chão após uma pisada intensa, porque isso muitas vezes te lança em direção a um inimigo próximo.

O co-op também é interessante, mas o segundo personagem praticamente não tem falas no game, fazendo parecer mais um fantasma à sombra do jogador 1. Ao menos dá pra jogar com alguém no sofá do início ao fim da aventura, mas existe apenas uma personagem pro player 2 que faz exatamente o mesmo que o original.

Toques de Crash Bandicoot

Momentos 3D não são lá grandes coisas
Momentos 3D não são lá grandes coisas

Crash Bandicoot também deixa sua marca na experiência. Em certos momentos, Nikoderiko muda sua perspectiva e transforma o gameplay em um cenário 3D completo, onde é possível movimentar-se em todas as direções, não apenas para a esquerda e direita.

Essas transições são fluidas e adicionam variedade à estrutura das fases, mas a esperança acaba rapidamente uma vez que você percebe que esses momentos são mais conceituais do que funcionais. Não há mecânicas novas quando a transição acontece, e pouca verticalidade existe na travessia.

Fase da mina: quem nunca?
Fase da mina: quem nunca?

Outro elemento interessante é a possibilidade de trocar itens coletados por baús de recompensa no ateliê do jogo. Esses baús desbloqueiam colecionáveis como modelos de personagens, artes conceituais e melodias para serem apreciadas, aumentando ainda mais o valor de rejogabilidade pra quem gosta de colecionáveis.

Mágico, mas pra quem não jogou DKC

Nikoderiko: The Magical World é uma carta de amor aos fãs de jogos de plataforma clássicos, mas não consegue viver longe da sombra de Donkey Kong Country. Entendo o apelo e o apreço dos devs pelos títulos homenagem, mas o nariz torcido durante o game é contínuo. Combinando elementos de Donkey Kong Country e Crash Bandicoot, o título até consegue entregar uma experiência leve e divertida, se você ignorar a falta de originalidade. O visual encantador, a trilha sonora impecável de David Wise e a jogabilidade acessível fazem de Nikoderiko uma escolha bacana para quem busca um game para relaxar e se divertir. Mas se procura algo mais original, pule fora.

Jogo fornecido para análise pela Knights Peak.

Nikoderiko The Magical World capa

Nikoderiko: The Magical WorldVereditoNikoderiko falha ao não trazer ideias mais originais e de melhor aplicação para suas mecânicas e mundo, se mostrando apenas um produto que respira à sombra de Donkey Kong Country.PrósJogar em co-op fica um pouco mais divertidoGráficos bem coloridosJogo longo, com várias fases e cenários temáticosColecionáveis e loja pra comprar itens é sempre bomContrasGráficos borrados no SwitchUm leve atraso nos comandos comparado a outras versões por conta dos 30fpsMecânicas nada originais que já vi sendo feito melhor no mercadoMomentos 3D não cativam e são passíveisLutas com chefes bem fracas6{"@context": "http://schema.org/", "@type": "Organization", "name": "Nikoderiko: The Magical World","image": [ "https://universonintendo.com/wp-content/uploads/2025/05/review-nikoderiko-capa.jpg" ],"review": { "@type": "Review", "reviewRating": { "@type": "Rating", "worstRating": "0", "ratingValue": "6", "bestRating": "10" }, "author": { "@type": "Person", "name": "Jason Ming Hong" } }}

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