Review | Double Dragon Gaiden: Rise Of The Dragons

1 ano atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
Desenvolvedora: SECRET BASE PTE LTD
Publicadora: Modus Games
Data de lançamento: 27 de Julho, 2023
Preço: R$ 88,09
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Modus Games.

Revisão: Lucas Barreto

Para quem perdeu, eu escrevi um artigo recomendando os melhores beat ’em up do Nintendo Switch. Na lista, havia uma breve citação a um jogo inédito de Double Dragon que, pasmem, ainda não tinha sido lançado. Embora eu não esperasse encostá-lo nem tão cedo após sua estreia, por ironia do destino pude me sentar para jogá-lo antecipadamente aqui no NintendoBoy.

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Como a ideia do artigo era de incluir boas recomendações, confesso que eu tinha medo que a citação ao Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons pudesse soar equivocada, uma vez que eu não era pleno de sua qualidade até então. Felizmente, agora eu posso respirar fundo e dizer sem medo que esta entrada definitivamente é uma excelente indicação para fãs de beat ‘em up!

No mais, Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons é feito pela Secret Base, um estúdio independente que fez Streets of Red, também um beat ‘em up. Não se deixem levar pelo marketing bem modesto, especialmente considerando que é um título baseado em uma franquia de grande nome com quase 30 anos de idade: senti que sua divulgação foi tão fraca que, por exemplo, só fui saber que o jogo tinha a opção de idioma português brasileiro quando recebi minha cópia de review.

Ademais, “O que há de novo neste Double Dragon?” você deve estar se perguntando. “É apenas outra briga de rua raiz?” A resposta mais simples e direta seria um “sim”. Porém, diferente de outros jogos que começam com uma descrição dos acontecimentos e progride de  forma linear indo para fase 1, depois um chefe, seguindo para a segunda seção, depois a terceira etc., aqui seguimos uma progressão semelhante a de Mega Man, onde escolhemos a ordem de quais chefes vamos enfrentar.

A Cidade em Guerra

O jogo se passa em uma New York fictícia. Em 199x A.D, a cidade está em decadência depois de uma guerra nuclear, e agora quatro gangues dividem seu controle, guerreando por território. Certo dia, contudo, um homem misterioso chega até o dojo sosetsuken, dos irmãos protagonistas Billy e Jimmy Lee, pedindo ajuda para a oficial de polícia Marian. Ao lado do trio, um outro policial, tio Martin, passa a lutar contra as gangues para salvar a cidade.

Depois de ser contextualizado da situação na cidade temos que escolher uma das gangues para enfrentar, seja a Killers, um grupo de ex-militares que tomaram um arranha céu abandonado depois da guerra, liderados pir Willy Metranca (inclusive, adorei a adaptação do nome de M.G Willy); o culto Triângulo, que controla um ferro velho onde construíram uma pirâmide de sucata e acreditam que Anúbis, o líder do culto trará de volta os dias pré-apocalípticos; a gangue Régios, localizada nas linhas dos metro da cidade: um bando de jovens adultos que contrabandeiam animais e máquinas, liderados por Duke, um lutador narcisista; ou o clã Okada, que controla os casinos ilegais na cidade, organizados pela Lady Okada.

Lutando por fichas

Antes de começar a jogar, eu tinha visto em notícias que este Double Dragon seria um beat ’em up com mecânicas rogue-like, e gelei de primeira em pensar que seria com fases geradas proceduralmente, principalmente pelo jogo circular na mecânica de fichas para desbloquear conteúdos. Mas a parte rogue desse jogo é diferente: após escolher uma das gangues para enfrentar, fazemos a fase normalmente como qualquer jogo do gênero, mas ao vencer um chefe aparece uma tela com melhorias que podemos fazer no nosso personagem usando o dinheiro ganho ao derrotar inimigos.

As melhorias variam entre aumentar ataque de algum especial, ganhar super armadura em certas condições, aumento de velocidade entre outros. Não só nossos personagens sofrem melhoria com a queda de uma gangue, mas as outras ficam mais fortes, chamando novos capangas e melhorando suas bases, fazendo com que as fases sejam mais longas e diversas, contando com sequências de luta em elevador, em cima de trem em movimento ou cavernas com deslizamento de rochas, além de ter subchefes desde capangas com mais vida a personagens únicos.

O ciclo de gameplay se torna entrar em uma partida, ir lutando e ganhando upgrades para ficar mais forte juntando dinheiro até onde conseguir e, quando der game over, a quantidade de dinheiro que recebemos é convertida em fichas semelhantes a de poker. Dependendo da configuração que fizer antes de cada run, é possível conseguir mais ou menos que basicamente quanto mais difícil estiver o jogo menos dinheiro será necessário  para conseguir as fichas, e quanto mais fácil mais dinheiro é necessário.

As fichas podem ser trocadas na loja de fichas por mais personagens, sendo eles 4 dos sub-chefes, 4 chefes e um personagem secreto, somando no total 13 personagens jogáveis. Além de personagens, podemos desbloquear dicas também, que no meu ponto de vista é o pior dos colecionáveis, sendo essas bem simples, e que em outros jogos veríamos na tela de loading, como “se sua vida estiver cheia, qualquer comida que pegar será convertida em dinheiro” ou “o último acerto do combo causa o maior dano”.

Mesmo que o jogo não tenha muitos loadings, os poucos que tem são bem longos, podendo ter mais de uma dica em cada tela, algo melhor do que ver os 4 protagonistas apenas andando. Outra das recompensas que podemos conseguir na loja de fichas são artes que podemos comprar, como concepts, desenhos dos personagens e da cidade. Por último também podemos comprar músicas do jogo para poder ouvir sem precisar ir até as fases.

Para cada run temos que escolher dois personagens, um principal e outro secundário, fazendo que o combate fique semelhante a jogos de luta tag (Dragon Ball FighterZ ou Marvel VS Capcom), onde durante a partida ao apertar “L” trocamos de personagem, podendo ser em uma situação ofensiva para fazer combo ou defensiva para proteger. Contudo, só podemos fazer a troca quando a barra de especial estiver cheia, o que pode ser carregada com o tempo só que devagar ou batendo em adversários ficando mais rápida. Cada personagem tem 3 especiais, sendo um apertando “X”, outro apertando “X + esquerda” ou direita e o terceiro com cima ou baixo. O botão de ação (A) é um agarrão, mas também serve para pegar itens ou comidas no chão.

No gameplay, essa dupla função se torna uma crítica quanto ao mapeamento dos botões, já que muitas vezes durante a luta eu quero pegar uma comida ou arma e meu personagem tenta agarrar o ar e fico vulnerável a ser atingido por algum tempo, sendo que o “ZL” e “ZR” não tem nenhuma função. Já que estou falando de ficar vulnerável, o tempo de invulnerabilidade é inexistente ao retornar de um buraco sem fundo ou ressuscitar.

Isso pode parecer algo bobo, porém em lutas contra chefes em estágios mais avançados onde a tela fica cheia de capangas, caso você morra e queira usar parte do seu dinheiro para voltar muitas vezes nem dá para notar que o HP voltou, porque já voltamos no meio da arena onde tem vários inimigos que ao te ver começam a atacar tirando fácil 50% da vida, podendo ser muito frustante.

Um dos pontos que mais me agradou foi a variedade dos personagens. Como falei anteriormente, são 13 personagens e cada um é controlado de um jeito diferente. Os irmãos Lee são bem balanceados em força, velocidade e alcance de ataque, mas um só usa ataques com pé e o outro com punho. Já o Tio Martin tem arquétipo de personagem mais lento e forte, usando ataques de impacto com o seu escudo atropelando. Marian foi a personagem que mais me surpreendeu por não lutar de perto: ela usa armas de fogo para lutar, atirando de longe com a pistola, e cada especial usa uma arma diferente como minas e bazuca.

Falando sobre outros personagens, temos ampla variedade como Abobo, que é um homem muito forte capaz de, com apenas 3 golpes mata tudo do caminho, ou o Willy Metranca, que é semelhante à Marian só que no lugar de pistola usa uma metralhadora. Como usamos 2 personagens por run, torna-se algo extremamente satisfatório fazer combos onde a todo momento batia jogava o inimigo para o alto e trocava personagem e voltava a combar e trocava até perder o combo.

Falando de combo, o jogo incentiva bastante o uso de combos para juntar especial e para fazer finalização especial que da um bônus de dinheiro: ao juntar 3 ou mais em uma finalização especial é considerado controle de multidão, então ao derrotar 3 ganhamos um cachorro quente que recupera 25 de vida, com 4 ganhamos um hambúrguer que recupera 50 e se for 5 ou mais um frango que recupera toda a vida. Caso a vida esteja cheia ganhamos 25, 50 ou 100 de dinheiro para cada comida.

Algo que deu uma diminuída na minha experiência foram alguns bugs que tiveram em minha jogatina. Em uma luta contra o Duke eu não conseguia usar o especial da Marian: sempre que ela colocava a mina no chão nada acontecia e epanhava à toa. Quando fui lutar contra o Anubis e entrei na luta, a entrada dele não apareceu. Derrubeio-o da pirâmide e ele não voltou, apesar da vida cheia. E quando voltou, a introdução finalmente apareceu, mas no segundo seguinte a luta acabou. Tirando esses bugs mais visíveis, encontrei inimigos saindo da tela indo para lugares que não eram acessíveis, como o cenário de fundo, mas todos esses bugs são coisas pequenas que podem ser consertadas com patchs de atualização.

Seu beat ‘em up favorito de 2023

No fim, Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons é um excelente beat ’em up com um combate fluído e diversificado que aproveita muito do fator replay. Mesmo não tendo grandes recompensas, ainda se torna um atrativo muito bom para para os completionists.

Prós

  • Uma boa variedade de personagens jogáveis;
  • Bom fator replay para conseguir as recompensas;
  • Arte estilizada agradável;
  • Está em português.

Contras

  • Falta de “invencibilidade” ao ressuscitar, como é de praxe em jogos do gênero;
  • Dicas serem quase que inúteis, além de ser algo pago;
  • alguns bugs.

Nota:

9

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