Nintendo processa Genki por uso indevido de marca e marketing enganoso do Switch 2

Se lembra daquela primeira aparição do suposto protótipo do Switch 2 que foi exibido na CES 2025 pela Genki? As consequências começaram a aparecer. A Nintendo entrou com um processo judicial contra a empresa fabricante de acessórios gamer, por infrações relacionadas à marca registrada “Nintendo Switch” e alegações enganosas sobre o console Switch 2. A ação foi protocolada no último dia 2 de maio na Califórnia e traz acusações sérias envolvendo propaganda enganosa, concorrência desleal e uso não autorizado de propriedade intelectual.
Segundo os autos do processo, a Genki, que comercializa acessórios como carregadores e cases, teria utilizado indevidamente os termos “Nintendo Switch” e “Joy-Con” em anúncios e apresentações para promover produtos alegadamente compatíveis com o ainda não lançado Nintendo Switch 2. A Genki chegou a apresentar renders, mockups e acessórios supostamente criados com base em informações sigilosas sobre o novo console, algo que a Nintendo afirma ser falso ou obtido de forma ilegal.

O estopim para o processo teria sido uma ação publicitária ousada da empresa de acessórios: no mesmo dia do aguardado Nintendo Direct de 2 de abril, que trouxe novos detalhes oficiais sobre o Switch 2, a Genki realizou uma transmissão própria, intitulada “Genki Direct”, com uma estética visual bastante semelhante à apresentação oficial da Nintendo. Nela, foram divulgados acessórios com lançamento previsto para o mesmo dia do console, reforçando alegações de compatibilidade com o novo hardware.
A Nintendo alega que essas ações geraram confusão no público, levando consumidores a acreditar que a Genki teria algum tipo de relação oficial com a empresa japonesa ou até mesmo acesso antecipado ao console. Após o ocorrido, a própria Nintendo precisou emitir uma nota oficial desmentindo qualquer vínculo com a empresa e reforçando que os produtos apresentados não têm sua autorização.
A Nintendo solicita à Justiça que a Genki pare imediatamente de utilizar suas marcas e imagens em materiais promocionais, que destrua os produtos e anúncios que envolvam tais marcas, e ainda pede indenização por danos e lucros obtidos de forma indevida. A empresa também quer o reembolso das custas processuais e honorários advocatícios.
Você pode conferir o processo na íntegra clicando aqui.