Review | Endless Ocean Luminous

2 mêses atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
Desenvolvedor: Arika
Publicadora: Nintendo
Gênero: Aventura subaquática
Data de lançamento: 02 de maio, 2024
Preço: R$ 249,99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Nintendo.

Revisão: Marcos Vinícius

Depois de um grande hiato, a clássica franquia de  aventura subaquática Endless Ocean, lá do Wii, dá as caras novamente. Desenvolvido pelo estúdio Arika e lançado no dia 02 de maio, Endless Ocean Luminous, tal qual seus antecessores, nos permite explorar as profundezas do oceano em busca de tesouros e de vida marinha.

O foco é no colecionismo e na catalogação de tudo que é encontrado no fundo do mar. Não há perigos ou dificuldades. Nadar lado a lado com um gigante Tubarão Branco — e tirar altas fotos no processo — nunca foi tão seguro. Endless Ocean Luminous é um jogo com uma experiência relaxante e puramente contemplativa, que de forma lúdica nos ensina um pouco sobre os segredos do oceano.

Escaneando a vida marinha

Em linhas gerais, Endless Ocean Luminous possui quatro modos de jogo: um modo história, um modo com eventos sazonais (Event Dives) e dois modos de exploração livre, sendo que um é local (sem tempo pré-determinado) e o outro online (com tempo pré-determinado).

No modo online, até 30 jogadores se juntam à exploração do oceano. Esse eu acredito ser o principal modo, senão o mais interessante. Todas as descobertas podem ser compartilhadas, indicando um tesouro ou um peixe raro, através de marcadores customizáveis. Nossa missão, nessa aventura submarina, consiste em escanear o máximo da vida marinha e encontrar tesouros, artefatos e bugigangas. No cooperativo online o jogo acrescenta ainda alguns desafios que tornam a exploração mais interessante.

Existe, no entanto, uma trava burocrática nesse modo que nos impede de aproveitar melhor o jogo. Primeiro que só podemos entrar em salas públicas aleatórias com jogadores do mundo todo, sem quaisquer tipos de filtros territoriais; ou buscar/criar uma sala privada através de um código específico (Session ID) que deverá ser compartilhado com os amigos que desejem participar da exploração submarina. A ausência de um chat de voz integrado também é um problema.

Mas isso, infelizmente, é demérito do Nintendo Switch e não do jogo em si. Digo isso porque a comunicação é algo essencial para otimizar a exploração em Endless Ocean Luminous. O mapa possui coordenadas que poderiam ser utilizadas para definir estratégias com cada membro da party cobrindo um setor específico.

Explore e catalogue

Entre animais extintos, fictícios e atuais, existem mais de 550 espécies. Cada animal descoberto possui uma biografia que nos permite aprender um pouco mais sobre aquela espécie, apresentando o seu nome científico e demais curiosidades, daí o caráter lúdico que citei acima.

Todo animal catalogado pode ser acessado pelo menu. Infelizmente, o jogo não conta com uma localização para o nosso idioma, o que é uma pena! Já que acredito que o jogo é ótimo não só para marmanjos saudosistas da vida marinha, mas também para os jovens e pequenos exploradores, que poderiam dispor das informações presentes no jogo para aprender.

Catalogar a vida marinha e os “tesouros” do fundo do mar, nos garante pontos de experiência que aumentam o nosso nível e uma espécie de moeda fictícia que podemos utilizar para a aquisição de itens puramente cosméticos. Esses itens permitem a customização do nosso personagem e perfil como um todo. Mas, não espere algo muito sofisticado.

A gente consegue apenas mudar a cor da roupa do mergulhador, comprar algumas reações e poses novas e olhe lá. Nem escolher o gênero do personagem podemos. Subir de nível amplia também a possibilidade de convidarmos animais marinhos, cada vez mais raros e maiores, para nadar conosco. Alguns dos objetivos sazonais do online, por exemplo, consiste em conduzirmos certas espécies para pontos específicos do mapa.

Um jogo de “mar aberto”?

O avançar do modo história está condicionado à quantidade de criaturas que escaneamos, tendo um roteiro bem raso (sacaram o trocadilho?) como fio condutor. O primeiro capítulo, no entanto, funciona como um curto (e desnecessário) tutorial, apresentando as mecânicas básicas de Endless Ocean.

A progressão, nesse modo, é lenta e os capítulos curtos demais, tornando-os desinteressantes. É nesse modo que podemos enxergar certa dificuldade no jogo. Não pelo desafio em si, mas pela demora em conseguir a quantidade de escaneamento necessários para avançar pelos outros capítulos.

Endless Ocean Luminous não é um jogo de “mar aberto”. A área que podemos explorar possui limitações, apresentando paredes invisíveis, que indicam aonde podemos ou não ir. Da mesma forma, não existe a possibilidade de emergir. Toda a aventura, portanto, se situa no fundo do mar, dentro de uma área delimitada.

O visual, apesar de não ser muito detalhado, é bem legal e nos dá a sensação de estarmos, de fato, submersos. Na verdade, os efeitos sonoros e a trilha, que de vez em quando dá as caras, ajudam em nossa imersão. O título, grosso modo, apresenta um bioma interessante, apesar de simples, formado por corais, criaturas marinhas das mais diversas, navios naufragados, cavernas escuras e por aí vai. O design de peixes, baleias, tubarões, entre outros, são bem fiéis à sua contrapartida no mundo real.

Um álbum de figurinhas virtual

Endless Ocean Luminous é um jogo para desestressar, explorar e aprender. O escopo é pequeno e a pegada contemplativa, pensada para aquele jogador colecionista. Não espere, portanto, nada além disso.

Fazendo um paralelo com algo que existe dentro do próprio Switch, imaginem um Pokémon Snap — sem Pokémon, óbvio — com uma exploração livre, ao invés de on-rails. O legal do título é completar a lista de peixes, tubarões etc. É como se estivéssemos com um álbum de figurinhas virtual do mundo marinho.

Pros:

  • Exploração da vida marinha;
  • Ótimo censo de colecionismo;
  • Controles simples;
  • Modo online para até 30 jogadores.

Contras:

  • Sem localização PT-BR;
  • Modo história problemático;
  • Burocracia na criação de salas privadas no modo online.

Nota Final

7

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