Review | Nikoderiko: The Magical World – Director’s Cut

3 dias atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
Desenvolvedora: VEA Games
Publicadora: Knights Peak, MY.GAMES
Gênero: Plataforma 2D
Data de lançamento: 15 de Abril de 2025
Preço: R$ 125,00
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela MY.GAMES.

Revisão: Paulo César

Já faz mais de uma década desde o último jogo na celebrada série Donkey Kong Country. Tropical Freeze, lançado originalmente para Wii U em 2014, é lembrado como um dos melhores e mais impressionantes jogos de plataforma 2D da história, com alguns dizendo até mesmo que eles superam os clássicos da Rare lançados para Super Nintendo (um sentimento que eu, pessoalmente, compartilho).

Uma sequência parecia algo iminente, mas acabou que nunca aconteceu. E mesmo com o gorilão da Nintendo retornando em Donkey Kong: Bananza para o Nintendo Switch 2, a série Country de jogos 2D parece ter sido abandonada pela Nintendo, por um motivo ou outro. E é aí que entram jogos indies que tentam capturar a mágica que a amada série possuía: títulos como Kaze and the Wild Masks (que inclusive, é brasileiro!) e Yooka-Laylee and the Impossible Lair capturam perfeitamente a essência da já falecida série, enquanto fazem o possível pra ter sua própria originalidade.

Nikoderiko: The Magical World é mais um desses jogos. Mas como ele replica a fórmula Country e, mais importante, o que o jogo faz para se destacar em meio a tantos jogos do gênero?

Caçadores de aventura!

Nikoderiko estreia Niko e Luna, dois aventureiros que estão em busca de tesouros ancestrais. No meio de mais uma aventura onde os dois estão atrás de uma relíquia mágica, acabam sendo interrompidos e atacados pelo maligno Grimbald e seus capangas, que expulsam os aventureiros da ilha. Agora é a missão deles derrotar Grimbald e recuperar a relíquia mágica que estavam indo atrás.

É de se esperar que a história não seja uma grande parte da aventura, mas vale notar que o jogo tem alguns diálogos com uma série de personagens bem carismáticos e está totalmente legendado e dublado em PT-BR! É raro ver jogos de plataforma com dublagem para nosso idioma, e eu fico feliz em dizer que a de Nikoderiko é muito boa! Vale a pena ver as cutscenes só pelas vozes. Do mais, a história não é grande parte do game.

Donkey Kong e Crash Bandicoot se unem

A gameplay de Nikoderiko é interessante, pois ela não apenas faz homenagem à já mencionada série Donkey Kong Country, mas também a Crash Bandicoot! Um dos momentos mais impressionantes que o game apresentou foi quando, no meio da primeira fase, uma transição suave de gameplay 2D DK-like para 3D aconteceu, com essa lembrando bastante os 4 jogos principais de Crash, com direito até às caixas e segredinhos escondidos.

A movimentação de Niko em si, entretanto, faz bem mais jús aos Donkey Kong Country da Retro Studios: o protagonista pode pular, planar no ar com uma folha, dar um “deslize” pra frente (que age como o rolamento dos Donkey Kong) e de vez em quando a gente tem até alguns amigos animais ou fases de foguete no maior estilo DKC pra dar uma diferenciada no ritmo das coisas. É uma bela homenagem à clássica série da Nintendo que toma sim muito de sua fonte, e talvez essa seja uma das minhas maiores críticas ao jogo: ele é bem derivado de suas inspirações. Não estou querendo dizer que o game é nulo de novas ideias, mas elas inegavelmente são bem poucas e não tem tanto destaque quanto tudo que é pego de Donkey Kong ou Crash Bandicoot.

A atualização “Director’s Cut” adiciona algumas coisas bem legais como um modo difícil, que transforma um game bem fácil num verdadeiro desafio, e até mesmo um novo mundo com fases novas! Que, por sinal, são algumas das mais criativas do jogo inteiro.

Um mundo bonito!

Nikoderiko é um jogo bem bonito! As fases são coloridas, a iluminação é bonita e o jogo é interessante de se olhar a todo momento. Minha única crítica fica quanto à performance um pouco subpar no Nintendo Switch: o jogo roda à 30 quadros por segundo com quedas e alguns travamentos bem constantes, o que é bem prejudicial para um plataformer de precisão como esse. A imagem também é bem borrada, e eu sinto que um trabalho melhor poderia ter sido feito na hora de otimizar o jogo para o console da Nintendo para, ao menos, manter os 30 quadros fixos.

Uma coisa que não pode ser criticada, no entanto, é a trilha sonora. Composta majoritariamente por David Wise (sim, aquele dos Donkey Kong Country!), eu digo com tranquilidade que esse é um dos melhores trabalhos da carreira do compositor! As músicas são tão mágicas e ambientais quanto algo que você encontraria na série DK, e eu diria que vale muito a pena ouvir ela no Youtube caso você goste dos trabalhos anteriores do David. Acreditem em mim: é uma das melhores trilhas que eu já ouvir num jogo de plataforma.

Bom jogo, mas um pouco derivado.

Nikoderiko: The Magical World é um jogo super sólido: suas fases são boas e divertidas, sua gameplay tem um flow bom, seus visuais são agradáveis e a trilha sonora é absurda. O seu maior problema é o quão ele pega da fonte de Donkey Kong sem apresentar muita coisa nova. Não dizendo que o jogo não vale seu tempo: se você sente falta dos plataformers 2D do DK, esse jogo é um “must play”! Apenas não espere nada muito diferente ou revolucionário aqui.

Pros:

  • Bom level design;
  • Trilha sonora fantástica de David Wise;
  • O jogo é muito bonito;
  • Dublado em PT-BR!

Contras:

  • Performance no Switch deixa a desejar;
  • Falta um pouco de originalidade.

Nota

8,5

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