29 dias para Switch 2: A passagem do WiiU para o Switch [Parte 2]

15 horas atrás • Project N • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
29 dias para Switch 2: A passagem do WiiU para o Switch [Parte 2]

Parte 1

É preciso mudar. A Nintendo estava nesta altura vivendo um dos piores capitulos de sua história, com um temor gigantesco não apenas por parte dos fãs, mas ate mesmo internamente da empresa. A Nintendo, tão forte com suas first-party, precisa ao mesmo tempo abraçar o mundo das thirds e ter sua marca destacada. Precisava ter a criatividade como maior força da marca. Mas como fazer até então?

Em 2015, a Nintendo resolveu ser ousada, resolveu reconquistar seu espaço e começou a reajustar sua rota. 2 anos após o lançamento do WiiU, a empresa deu um passo pra trás e sem mistério, durante a conferência com a provedora japonesa de jogos, revelou, através das palavras do seu lendário presidente, Satoru Iwata:

Uma plataforma dedicada a jogos com um novo conceito está sendo criada sob o codinome de desenvolvimento ‘NX

Foi com essa frase simples, porém carregada de simbolismo, que Iwata acendeu uma chama de esperança nos corações dos fãs e no próprio mercado. Em meio à crise e às incertezas causadas pelo fraco desempenho do Wii U, a Nintendo mostrava que não havia desistido de inovar, pelo contrário, estava apenas recuando um passo para dar dois à frente.

Na época, poucas informações foram reveladas. Mas era o suficiente para reacender o interesse em torno da empresa. A NX seria o recomeço. A nova chance. Uma promessa de que a Nintendo ainda tinha cartas surpreendentes para jogar. Essa revelação marcava o ponto de virada.

Em entrevista concedida em 2021, Reggie Fils-Aimé, o carismático ex-presidente da Nintendo of America,relembrou os bastidores do lançamento do Switch. Segundo ele, a visão dentro da empresa na época era clara: “era tudo ou nada”. A expectativa em torno do novo console era enorme, e havia uma consciência de que o sucesso do Switch seria crucial para o futuro da Nintendo no mercado de hardware.

Sabe, a Nintendo fez muitas inovações nesta área… Acho que o que a Nintendo fez com o Switch, após a fraca performance do Wii U, acho que para mim e do que fiz parte, é a minha memória mais duradoura.

As pessoas se esquecem, quando o Wii U foi lançado, o desempenho ao longo do ciclo de vida foi tão fraco. Quero dizer, foi a plataforma com as piores vendas, acho que o Virtual Boy foi um pouco pior, mas o Wii U teve um desempenho radicalmente inferior ao esperado no mercado.

E quando o seu único negócio são os videogames, o próximo precisa ser bem sucedido e o Switch continua sendo uma plataforma dinâmica — vendendo excepcionalmente bem. E a habilidade da companhia de surgir com o conceito, de trazê-lo à vida, de trazê-lo ao mercado, de não ter apenas grandes conteúdos desenvolvido internamente, mas também externamente e conteúdos de desenvolvedores independentes — isto é algo do qual sempre sentirei orgulho. Junto com tantas outras coisas das quais fiz parte, mas o Switch realmente foi um produto que era tudo ou nada para a companhia e felizmente foi um sucesso.

Começou então os rumores do que se tratava o Projeto NX, com fortes rumores de que o console seria hibrido, tanto de mesa quanto portatil, levantando a questão: será que seria uma boa formula? Será que trazendo tamanha inovação seria possivel recuperar o mercado? Seria uma tentativa frustrada assim como foi o Nintendo WiiU?

Foi em 20 de outubro de 2016 que a Nintendo finalmente acalmou a ansiedade dos fãs e revelou ao mundo o aguardado “Projeto NX”. No trailer de estreia, a empresa apresentou um conceito inovador: um console híbrido composto por dois elementos principais. O primeiro era uma unidade central com aparência de tablet, equipada com uma tela LCD de 6,2 polegadas sensível ao toque, com suporte a até 10 pontos multitoque e resolução de até 720p. O segundo era a base chamada Dock, que permitia conectar o dispositivo à TV e exibir os jogos em resolução Full HD (1080p). Assim nascia oficialmente o Nintendo Switch.

A apresentação surpreendeu o mundo. Como um console portátil poderia exibir cores tão vibrantes e manter uma boa resolução nos jogos? Como é possível rodar bem Elder Scrolls V: Skyrim, algo que, na época, parecia simplesmente impensável. Seria isso algum tipo de bruxaria tecnológica?

Pouco depois, em 13 de janeiro de 2017, a empresa realizou uma transmissão ao vivo para apresentar oficialmente o console ao mundo. Durante o evento, foram reveladas novas funcionalidades, títulos de lançamento, o preço sugerido de US$ 299 e detalhes sobre o apoio de desenvolvedores third-party, mostrando que a empresa estava focada em se adequar ao mercado e trazer novamente a atenção de todos.

O Nintendo Switch foi lançado mundialmente em 3 de março de 2017, com 2 milhões de unidades disponíveis inicialmente. Mesmo fora do tradicional período de férias, a demanda pelo console superou as expectativas da empresa, gerando escassez em diversas lojas. Em apenas um mês, foram vendidas 2,7 milhões de unidades, número que fez o console se tornar o sistema de venda mais rápida da história da Nintendo, especialmente nos Estados Unidos.

Ao longo de 2017, o sucesso foi ainda mais evidente. Foram 1,5 milhão de unidades vendidas na primeira semana, 10 milhões nos primeiros nove meses e, até 31 de dezembro, o Switch já havia alcançado impressionantes 14,86 milhões de unidades vendidas, ultrapassando todo o ciclo de vida do Wii U em menos de um ano. Era então o retorno triunfal da Nintendo.

Agora que relembramos como foi a transição da Nintendo até o nascimento do Switch, continue acompanhando nossa série especial aqui no Project N. Amanhã traremos mais uma matéria destacando outro capítulo marcante da trajetória deste console que conquistou o mundo!

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