[15 dias para o Switch 2] Animal Crossing e a Pandemia

6 horas atrás • Project N • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
[15 dias para o Switch 2] Animal Crossing e a Pandemia

Há momentos na história em que o valor de uma obra transcende sua proposta original. Mais do que hardware, mais do que catálogo, mais do que inovação técnica, o Nintendo Switch nos presenteou com um símbolo de esperança em meio ao caos.

A partir de 2020, o mundo entrou em uma das fases mais sombrias da era moderna. A pandemia de Covid-19 foi decretada oficialmente em 20 de janeiro de 2020 e só seria encerrada em 5 de maio de 2023. Nesse intervalo de três anos, quase 800 milhões de pessoas foram contaminadas e mais de 20 milhões perderam suas vidas para o vírus. Mas os números, por mais impactantes que sejam, não conseguem traduzir completamente o que se passou no íntimo de cada ser humano.

A incerteza tomou conta do futuro. O medo, silencioso e persistente, se alojou em casas, hospitais e corações. O confinamento necessário para salvar vidas acabou por isolar emocionalmente milhões de pessoas. A ansiedade e a solidão se tornaram companhias constantes, trazendo à tona uma discussão até então negligenciada: a saúde mental.

[15 dias para o Switch 2] Animal Crossing e a Pandemia

Foi nesse cenário que um jogo aparentemente simples floresceu com um significado absolutamente profundo. Animal Crossing: New Horizons, lançado em 20 de março de 2020, curiosamente, no exato momento em que grande parte do planeta entrava em quarentena, se tornou muito mais que um sucesso comercial. Ele se transformou em um refúgio virtual para quem precisava respirar, sonhar, ou simplesmente sentir que o tempo ainda podia passar de forma leve.

Mais do que um jogo, New Horizons foi uma válvula de escape emocional, uma forma de conexão em tempos de distanciamento, uma pequena ilha de paz em meio a um mundo em colapso. Foi terapia disfarçada de pixels, um espaço onde era possível retomar o controle, mesmo que apenas sobre uma ilha fictícia.

Este capítulo é dedicado a essa jornada. Às vezes, os videogames não salvam o mundo, mas ajudam as pessoas a se manterem nele. Vamos juntos revisitar essa trajetória tão significativa,  não apenas para a história da Nintendo ou dos games, mas para a própria história da humanidade.

Sobre a Franquia

Animal Crossing é, sem dúvida, uma das franquias mais queridas entre os fãs da Nintendo. Seu charme simples, sua atmosfera acolhedora e o vínculo emocional criado com personagens antropomórficos conquistaram uma legião fiel de jogadores ao redor do mundo.

A série fez sua estreia em 2001, inicialmente como um título exclusivo para o Japão no Nintendo 64. Pouco tempo depois, ganhou uma versão aprimorada para o GameCube, agora com lançamento global. Esse primeiro capítulo da franquia vendeu 2,71 milhões de unidades — números modestos perto do que viria a seguir, mas já suficientes para firmar a base de uma comunidade apaixonada.

O verdadeiro salto de popularidade veio com o Nintendo DS. Animal Crossing: Wild World, lançado em 2005, elevou o patamar da franquia, atingindo 11,75 milhões de cópias vendidas. A portabilidade do console permitia aos jogadores carregarem suas vilas no bolso, criando uma relação ainda mais íntima com seus vizinhos virtuais.

E a série não parou por aí. Em 2008, o Wii recebeu Animal Crossing: City Folk, que, embora menos expressivo que seu antecessor, ainda vendeu 3,38 milhões de unidades. Mas foi em 2012, com o lançamento de Animal Crossing: New Leaf para o Nintendo 3DS, que a série atingiu um novo ápice, registrando 13,04 milhões de cópias vendidas e consolidando-se como um grande titulo da big N.

A expectativa por Animal Crossing: New Horizons foi crescendo de forma exponencial. Os fãs aguardavam ansiosamente a nova versão para o Nintendo Switch, que havia sido anunciada pela primeira vez em 3 de setembro de 2018, durante uma Nintendo Direct. Com visual renovado, liberdade ampliada e a promessa de mais possibilidades do que nunca, o jogo logo se tornou um dos títulos mais esperados do console.

Algum tempo depois, a tão sonhada data de lançamento foi confirmada: 20 de março de 2020.

Naquele momento, ninguém fazia ideia da ironia que essa data carregaria. Uma simples sexta-feira, no final de março, marcada no calendário de fãs como o “dia da ilha nova”, acabaria se tornando também o dia em que boa parte do planeta mergulhou no lockdown. A Organização Mundial da Saúde havia declarado o surto de Covid-19 como pandemia poucos dias antes, e a maioria dos países começava a implementar medidas de isolamento social.

Coincidência? Destino? Talvez nunca saibamos. Mas o que é certo é que Animal Crossing: New Horizons chegou exatamente quando o mundo mais precisava dele.

O Impacto imediato do lançamento durante o Lockdown

Nestes tempos estressantes, quando muitos estão trabalhando em casa ou isolados por medo de espalhar o novo coronavírus, “Animal Crossing”, para aqueles que têm a sorte de ter acesso a um Nintendo Switch, é uma espécie de tônico de cura... (e) Eles estão certos.

Todd Martnes, Los Angeles Times

As cidades estavam silenciadas, ruas desertas, supermercados viviam cheios diante do medo de falta de alimentos e voos eram cancelados. Não era possivel ver amigos, não era possivel ver familiares. O mundo vivia um periodo cada vez mais acinzentado, com um tom colorido ganhando forma na eShop (afinal, as vendas de titulos fisicos eram mais que limitados nessa epoca).  A coincidência entre o início dos períodos de quarentena e o lançamento do jogo não poderia ser mais simbólica. Em um mundo onde o contato humano estava suspenso, onde abraços eram evitados e festas canceladas, Animal Crossing oferecia exatamente o oposto: acolhimento, rotina e laços sociais, mesmo que digitais.

E o impacto foi imediato.

Milhões de pessoas encontraram refúgio naquela ilha paradisíaca virtual, onde o tempo passava devagar, o clima era sempre ameno e os vizinhos, ainda que falantes por balõezinhos de texto, nunca estavam distantes demais. Em poucos dias, o jogo que já era aguardado pelos fãs da série se transformou em um fenômeno cultural.

As vendas explodiram. Em apenas seis semanas, New Horizons vendeu mais de 13 milhões de unidades, tornando-se o jogo de venda mais rápida da história do Nintendo Switch até então. Para muitos, não se tratava apenas de mais um game, mas de uma companhia diária. Pessoas que nunca haviam jogado na vida compraram um Switch apenas para viver aquela experiência. Celebridades compartilharam suas ilhas. Políticos visitaram espaços virtuais. Casamentos e festas de aniversário foram recriados dentro do jogo.

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Meu noivo e eu tivemos que cancelar nosso casamento devido à Covid-19, então nossos melhores amigos nos deram um casamento surpresa no estilo Animal CrossingMeu noivo planejou tudo com nossos melhores amigos. Estou me formando em medicina, mas não vou me formar, e nosso casamento foi cancelado. Eu estava me sentindo muito mal por perder meus marcos.

Isso me deixou tão feliz que nem tenho palavras para descrever o quanto significou para mim.

(Além disso, se você aumentar o zoom, ele fez um pequeno N&S para nossas iniciais no chão do coração)

Postagem feita pela usuária @shmush no Reedit

Na ausência do mundo real como o conhecíamos, Animal Crossing se tornou um ambiente de fuga e de reconstrução emocional. Havia algo de profundamente terapêutico em acordar, regar flores, pescar, decorar a casa, mandar cartas aos vizinhos. A previsibilidade das tarefas dentro do jogo oferecia um senso de normalidade que faltava do lado de fora da tela.

Um Sucesso que Rompeu a Bolha: Recordes de Vendas e o Fenômeno Cultural

O lançamento de Animal Crossing: New Horizons não foi apenas um sucesso de público — foi um verdadeiro evento cultural global. Em meio a um cenário mundial conturbado, o jogo se tornou mais do que um passatempo: ele virou conversa de jornal, pauta de podcast, tema de meme, refúgio emocional e até ferramenta política.

Ao todo, Animal Crossing: New Horizons vendeu incríveis 47,82 milhões (dados atualizados em Março de 2025), tornando-se o segundo jogo mais vendido da história do Nintendo Switch, atrás apenas de Mario Kart 8 Deluxe. conseguindo nesse meio tempo, o feito de bater Pokémon Red e Green e se tornar a maior venda de midia fisica da história no Japão.

Celebridades como Brie Larson (Capitã Marvel) mostraram publicamente suas ilhas. Empresas e universidades usaram o jogo como forma de interação remota. Casamentos, aniversários, festas de formatura e até funerais simbólicos foram realizados dentro de Animal Crossing, como forma de expressão e conexão durante o distanciamento físico.

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Houve até espaço para manifestações políticas: candidatos e movimentos sociais utilizaram o jogo para espalhar mensagens e engajar a juventude. New Horizons foi palco de encontros entre amigos que não podiam se ver, de avós que usaram o console para se conectar aos netos, de pessoas que precisavam sorrir, mesmo em tempos tão duros.

Ao contrário de muitos temores de que o tempo excessivo de jogo pode levar ao vício e problemas de saúde mental, encontramos uma pequena relação positiva entre a jogabilidade e o bem-estar.

No geral, nossas descobertas sugerem que a regulamentação dos videogames, com base no tempo, pode não trazer os benefícios que muitos podem esperar, embora a natureza correlacional dos dados limite essa conclusão.

Andrew Przybylski, responsável pelo estudo da Universidade de Oxford que comprova que videogames podem sim ser responsáveis por um bom estado de saúde mental

Depoimentos de jogadores

Seguindo o padrão das matérias anteriores, talvez fosse o momento certo para encerrar por aqui e continuar amanhã. Mas seria injusto finalizar esta edição sem dar voz àqueles que realmente viveram a magia e o consolo que Animal Crossing: New Horizons proporcionou durante a pandemia.

Porque mais do que números e marcos históricos, o que fez desse jogo um fenômeno inesquecível foram as pessoas que encontraram nele uma forma de continuar respirando, sonhando e se conectando com o mundo, mesmo quando tudo parecia fora do lugar.

Pedimos a algumas pessoas conheciadas que compartilhassem relatos sinceros sobre o que o jogo significou para eles durante esse período tão difícil. As respostas foram emocionantes, e cada uma delas reforça o que já sabíamos: Animal Crossing foi muito mais do que entretenimento, foi um companheiro de jornada.

Aqui estão alguns desses depoimentos:

Ezequiel Covatti

Bom vamos lá, eu me chamo Ezequiel Covatti e durante a pandemia, eu estava na Irlanda, morava em Dublin, trabalhando como Chef. A pandemia lá foi muito complicada, pela falta de informações logo no inicio, ela foi muito rigorosa. A gente só podia sair de casa para ir ao mercado e a farmácia e sempre que saia era parado pela polícia que pedia os documentos e perguntava aonde você estava indo e onde morava, caso não fosse nos lugares indicados, você era “convidado” a voltar para casa. Dois meses antes da pandemia, no natal de 2019 eu tinha me dado de presente o Switch (o lockdown lá começou em Fevereiro).

Comprei 3 jogos com o Switch, Zelda, Mario Odyssey e o Animal Crossing, que eu deixei de lado enquanto jogava os dois primeiros. Assim que ficamos trancados em casa, convidei minha esposa a começar jogar AC, já que era um jogo mais família e amamos logo de cara. Eu ficava responsável por construir a ilha, decorar e montar tudo. Ela ficava responsável por cuidar do bem estar dos nossos villagers. Foram dias e mais dias, nas hunt procurando os villagers preferidos. Construindo e decorando cada cantinho da nossa ilha “NAGINI” (nesse mesmo período adotamos uma gatinha a quem demos esse nome, por isso o nome da Ilha). Nessa época começamos a participar de vários grupos, BRs e Gringos de AC, criando uma comunidade que realmente se ajudava, visitando as ilhas, trocando itens, adotando villagers de outra ilhas, temos na nossa ilha uma Marina que veio lá do Reino Unido e está com a gente até hoje. com o tempo livre comecei a criar muitos designers de roupas, baseado em muita coisa que eu gosto (Batman, Pokemon, Futebol e Karate Kid).

Fiz uma camiseta com o bonsai do Miyagi-Do e postei no meu Instagram, a série Cobra Kai estava chegando ao Netflix, marcando todos os principais atores, eu sabia que a Mary Mouser, atriz que interpretava a Samantha LaRusso também estava jogando e para minha supresa, ela me repostou e entrou em contato comigo pedindo com código para poder copiar a arte que eu tinha feito. Semanas depois comecei ajudar um streamer de AC, quando surgiram as ilhas do tesouro, passavamos dias criando e conversando com uma comunidade que crescia a cada dia. Muitas dessas pessoas hoje dividem comigo o plano familiar da Nintendo e ainda mantemos o grupo do whats ativo, trocando ideia, ajudando os novatos que chegaram agora ao AC e não tiveram a oportunidade de aproveitar aquela época de ouro e marcando outras jogatinas.

AC nos ajudou muito durante um período tão triste e com tanta incertezas. Estávamos longe de casa, da família, dos amigos, de tudo e cada momento e conversa com o Raymound, Marshal, Marina e companhia, nos deixavam mais tranquilos e confiantes em um novo amanhã.

Há dias estou querendo visitar meus antigos companheiros, ja sabendo que irei ser xingado e questionado pelo sumiço de meses, mas com a certeza que ali, sempre encontrarei bons amigos e um refugio seguro.

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Daniel Marques

Cara, lembro que fiz 20 anos em janeiro de 2021 e havia um jogo que eu tinha comprado em pré-venda na Play Asia, que estávamos muito afim de jogar, pois meus amigos também tinham comprado comigo — um daqui da minha cidade, Orlândia, interior de SP, dois de Ribeirão Preto e um de Batatais. Então, quando foi lançado, veio junto a COVID e a incerteza sobre o que esperava o mundo: seria uma pandemia ou não?

Meus amigos começaram a jogar enquanto eu aguardava chegar o meu. Então, no dia 14 de abril, ele finalmente estava em minhas mãos. Porém, eu estava doente, com febre, e acabei ficando isolado por cinco dias. Fiz exames que apontaram COVID. Na minha cidade não havia leitos, então fui para casa com uma bateria de remédios e a dúvida se eu melhoraria.

Então fui jogar com meus amigos e, conversando pelo WhatsApp, comuniquei minha situação. Combinamos que iríamos jogar juntos todas as noites, das 20h às 22h30. E, assim, eu ia contando como estava. No décimo dia, tive uma piora e fui para o hospital. Fiquei três dias no oxigênio. Levei meu Switch e joguei lá — e por lá, escrevendo com meu personagem, me expressava com meus amigos sobre como ia minha saúde.

Lembro que os médicos não queriam deixar eu ficar com o Switch, mas, como estava em um quarto com três pessoas e não podíamos receber visitas, pedi com muita educação, como se fosse um alívio para o desespero da doença. Então, tive alta e fui para casa. Fiquei seis dias sem contato com as pessoas de casa e só conversava com meus amigos pelo Switch, porque tive o azar de roubarem meu celular quando entrei no hospital (esqueci de contar essa parte).

Sem perceber, o tempo passou e eu melhorei. Mantivemos nossas ilhas ativas por toda a pandemia. Foi meio que uma terapia e um alívio naqueles dois anos das nossas vidas. Perdemos colegas de serviço, amigos perderam parentes, mas o AC: New Horizons era nossa fuga da realidade naquele momento. Choramos, rimos e nos divertimos muito com o jogo.

Heitor Herruso

Acreditando se tratar de um jogo de “fazendinha”, em 2022, eu e meu irmão decidimos comprar Animal Crossing: New Horizons. Jogamos pouco e não demos sequência. À época, ele gostou mais do que eu, aliás. Mas ainda naquele ano, quando eu já pouco abria o game, minha esposa pegou o Switch e disse que iria descobrir como jogar de verdade. Ela, que já jogava Crash Bandicoot como ninguém, comprou a ideia de viver a vida naquela ilha e decifrou cada centímetro do título.

E foi me ensinando neste processo. Juntos, viramos madrugadas procurando peixes e insetos específicos, lendo e estudando sobre os melhores horários e épocas do ano para pegar itens e para conseguir completar o museu. Juntos, não apenas “zeramos” Animal Crossing como ali vivemos muitas aventuras, o que inclusive inspirou o embarque em outros jogos, como Super Mario Odyssey, Bowser’s Fury e New Super Lucky’s Tale.

No Animal Crossing, me lembro da empolgação de viajar para outras ilhas em busca de recursos, da dificuldade para juntar dinheiro e pagar o Toom Nook, das risadas e da diversão. E ainda jogamos, muito, tanto o conteúdo base como a DLC. Já são mais de 800 horas de gameplay, ainda descobrindo coisas novas, ainda decorando e redecorando a ilha, e ainda nos divertindo juntos.

Sheila

O Animal na pandemia uniu eu e o Gui meu menino na época com 7 anos.
Dividimos uma ilha e o réveillon foi em casa com família e os pais na contagem regressiva da virada dentro do game.
No ano seguinte meu filho escolheu o tema animal para sua festa.
Enfim um jogo mágico.
Estamos esperando o seguinte

Cheguei a fazer este jogo da memória no tema pra dar de presente pra ele.

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Histórias como essa mostram como os videogames vão muito além do entretenimento. Eles criam laços, oferecem consolo e se tornam parte das nossas vidas em momentos difíceis. Animal Crossing: New Horizons foi nosso abrigo durante a tempestade, e tenho certeza de que muitas pessoas viveram experiências marcantes com o Nintendo Switch ao longo desses anos.

E amanhã tem mais! Não perca a próxima matéria da nossa contagem regressiva até o lançamento do Switch 2.

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