5 indies essenciais de 2024 para jogar no Switch
Revisão: Lucas Barreto
Mais um ano se acabando e outra vez venho aqui convidando meus amigos do site para falar dos nossos jogos indies favoritos de 2024. Neste texto colaborativo veremos a grandiosidade e variedade de gêneros e estilos de jogos que podemos encontrar desde jogos pixel art a poligonais, jogos com combates elaborados a jogos sem combate, lançados no último ano.
Mika and The Witch’s Mountain
por Matheus “Theus Jackson” Santana
Algo que gosto de fazer é descobrir tipos de jogos novos com jogos independente. É muito comum pra mim jogar jogos de ação ou RPGs como minha zona de conforto, mas assim como ano passado, quando trouxe um jogo de cartas roguelike (Wildfrost), que é algo que não é comum do meu feitio, como destaque, esse ano trago Mika and the Witch’s Mountain: um jogo de entrega com uma bruxinha.
Logo de cara. qualquer pessoa que joga videogame pode notar a semelhança com The Legend Zelda: Wind Waker, e não é uma mera coincidência. Os próprios desenvolvedores já falaram que tem inspiração em Zelda e em serviços de entrega da Kiki do estúdio Ghibli.
Mas como funciona e do que se trata o jogo? Ele conta a história da Mika, uma bruxinha que é deixada pela sua mãe com uma outra bruxa mais experiente para aprender a ser uma bruxa. No entanto, essa que seria sua professora a atira do alto da montanha e fala que ela deve conseguir voltar voando. O problema é que, na queda, Mika quebra a vassoura voadora e, para consertá-la, temos que trabalhar com o correio local entregando encomendas e conhecendo as histórias das pessoas que vivem na ilha.
Mesmo sendo um jogo bem simples em mecânicas e história, é aquele jogo que dá um quentinho no coração e que qualquer pessoa algum dia deveria jogar.
Neva
por Luiz Estrella
Tive a oportunidade de jogar diversos jogos, de diversos gêneros, escrevendo reviews para o NintendoBoy este ano. Mas, provavelmente, a experiência que mais gostei de jogar e de escrever sobre foi Neva. É uma surpresa porque eu nunca joguei GRIS, o jogo anterior da Nomada Studio, então fui para Neva sem expectativa de nada, sem conhecer exatamente o jeito que o estúdio trabalhava.
O que o game me apresentou foi uma experiência belíssima, com alguns dos mais bonitos e interessantes cenários que vi esse ano. Tudo isso dentro de um contexto minimalista da direção artística do jogo, que foca no contraste para trazer verdadeiras pinturas para a tela.
Muito além do visual, a experiência é genuinamente divertida, com um sistema de combate simples mas efetivo, fora a integração com alguns puzzles no cenário. A direção do jogo é inteligente o suficiente para “espaçar” os trechos de ação e calmaria fazendo com que o pacote completo seja uma experiência gostosa do início ao fim. E ainda há espaço para contar uma história emocionante, mesmo com poucas cenas e sem diálogos.
Por conta do minimalismo presente na experiência de forma geral, poderia dizer que Neva se encaixa no clássico ditado “Menos é mais”, mas Neva não tem “menos”, Neva tem o necessário para uma experiência curta, emocionante e satisfatória.
1000xRESIST
por Kat Oliveira
1000xRESIST é um jogo incrível, possivelmente uma das histórias mais intimistas, cativantes e emocionantes que eu já tive o prazer de experienciar. Desde maio de 2024, quando o jogo foi lançado, ainda me pego pensando nos seus diversos simbolismos e significados, o final emblemático e a mensagem da obra.
Não apenas pelos seus temas pertinentes, abordados com maestria por pessoas que têm experiências e lugar de fala para escrever sobre esses assuntos de maneira respeitosa e inteligente, mas também pelo seu ritmo excelente que torna a experiência com 1000xRESIST ainda mais especial.
Aqui no NintendoBoy, demos 9,5 para o jogo devido a alguns problemas menores e limitações dado o escopo e orçamento da obra. Muitos meses se passaram desde então e alguns desses problemas foram corrigidos em patches. Em suma, 1000xRESIST é sem sombra de dúvidas uma experiência extremamente recomendada para quem é fã de jogos narrativos.
Keylocker
por Ivanir Ignacchitti
Embora eu não tivesse jogado nada da Moonana antes, a desenvolvedora brasileira tinha me chamado a atenção com Virgo Versus the Zodiac. Quando anunciaram Keylocker, fiquei de olho, acompanhando de perto os posts nas redes sociais, pois o jogo parecia ser muito a minha cara.
Quando finalmente tive a oportunidade de jogá-lo, a experiência foi até melhor do que estava esperando. Não só se tratava de um ótimo RPG futurista, mas tanto a gameplay quanto a história são de altíssimo nível. Isso pra nem falar da belíssima arte em pixel e da trilha sonora, com músicas que continuam na minha cabeça desde a primeira vez que escutei, como Neural Divergence e O Mei Seiren.
Não digo isso levianamente: Keylocker é um jogo honestamente indispensável para qualquer fã de RPG. Ousado, elegante e bem feito, eu estou aqui guardando meu dinheiro para comprar o Virgo versus the Zodiac e de olho no tático Clowned King que está em desenvolvimento.
Animal Well
por Lucas Barreto
Um labirinto escuro, feras ocultas pelas sombras e enigmas que ultrapassam o ambiente de jogo. Animal Well reúne uma gama de camadas por baixo de um metroidvania relativamente simples, estabelecendo um cenário como nenhum outro e um sistema de exploração bem fora do ordinário.
Sem um sistema de combate, o mapa se amplia com série de puzzles, e a cada sala encontramos novas portas e corredores que nos levam ao inexplorado. O mais incrível é que, após seus créditos, a obra se abre em mais e mais enigmas, com diferentes finais a depender do quão disposto o jogador está em se afundar nesse poço hostil, que logo gruda em nossa mente.
Além de ser o melhor jogo indie que joguei esse ano, é também o jogo mais interessante no geral. Sem uma linha de diálogo, ele apresenta uma narrativa criada em conjunto com o jogador, criando uma experiência especial e única.
Aqui indicamos 5 jogos; mas em um ano tão rico, quais você indicaria ou quais desse jogou ou se interessou?
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