Análise – Him, the Smile & Bloom

3 horas atrás • Universo Nintendo • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

Se tem algo que não tem faltado recentemente é falar de Visual Novel. Him, the Smile & Bloom é a mais nova do pedaço. Lançada em fevereiro, essa VN Otome aposta numa proposta levemente diferente: 4 casais, em vez de uma protagonista.

Sobre Him, the Smile and Bloom

Him the Smile & Bloom 02

Him, the Smile and Bloom, série conhecida em japonês por Hanaemu Kare to & Bloom, ou apenas Hanakare, começou inicialmente como uma série de drama em CDs de áudio no Japão. Em 2023, através de um tweet, a MintLip anunciou que uma VN Otome baseada na série sairia, e o jogo foi lançado inicialmente no Japão em agosto do ano passado.

A versão lançada no Japão trazia junto uma tradução para o inglês, mas ela era absurdamente ruim, claramente, foi tradução feita apenas por máquinas, e nenhum ser humano que fala o idioma inglês foi envolvido na produção.

A versão que revisamos, porém, foi lançada no finzinho de fevereiro deste ano, pela PQube em todo o Ocidente.

História

Him the Smile & Bloom 01

Quase toda Visual Novel conta com bastante romance, mesmo aquelas de mistério. No caso de VN Otome, isso tende a ser ainda maior, geralmente com todos os homens (e/ou mulheres) do pedaço se apaixonando perdidamente (e sem nenhuma razão aparente) pela protagonista, que geralmente não tem nada de especial (Bella, é você?).

No caso de Him, the Smile & Bloom, isso não acontece. Em vez de você ter uma pessoa ligando todas as outras, você tem um lugar, a Fill Flower, uma floricultura.

Ao redor da floricultura, quatro histórias se desenvolvem, cada uma delas com uma flor respectiva e um casal específico. Em cada uma das histórias, você tem 3 finais possíveis: um bom (Bloom), um ruim (Wither) e um perfeito (Glow). Embora às vezes seja difícil diferenciar o bom do perfeito, você só consegue liberar a história extra de cada ao conseguir o Glow.

Quando eu falo das flores específicas, é porque o jogo é todo pautado pela linguagem das flores. Uma linguagem antiga e cheia de nuances, que especifica que cada flor, sua quantidade e cor tem um significado diferente, e que combinações específicas podem passar mensagens específicas, você vai aprender muito sobre flores, algumas que você talvez nunca tenha ouvido falar antes (eu sei que a maioria, especialmente as flores dos títulos, eu não conhecia).

A ordem que você joga as rotas não importa, e isso é triste, especialmente porque, apesar de todas as histórias se passarem nos mesmos lugares, não há menção às heroínas das outras histórias, nem aos fatos que aconteceram com os outros homens. As garotas deveriam se conhecer, já que, por exemplo, uma é gerente da outra, mas não comentam sobre, não interagem e, lamentavelmente, não há uma rota especial final, pra depois de conseguir todos os finais perfeitos. Você joga a história extra (que no Japão foi uma DLC de Halloween), e é isso.

Conheça as histórias:

Serina Aoki e Wataru Tori. O casal da flor Tweedia foi o primeiro que joguei. Serina é uma garota cheia de traumas, que apesar de ter 26 anos, não consegue falar dos seus sentimentos, enquanto que Wataru é um labrador em forma humana, todo feliz, alegre, saltitante e pirilâmpico, todo fofo enquanto reclama de ser chamado de fofo, e aberto com seus sentimentos desde o primeiro dia. Após ser pego pela chuva, ele se abriga na Fill Flower e, com a ajuda de Serina, começa a trabalhar lá. Desde então, ele deixa claro os sentimentos por ela, mas ela reluta muito por muito tempo.

Fuka Haruyoshi e Hokuto Ichige fazem o segundo casal, o casal da Anêmona. Elus são amigues de infância, e Hokuto é dono da Fill Flower, enquanto que Fuka é a cliente mais fiel que a loja tem. Ela chega num ponto em que precisa tomar uma decisão sobre ser enviada pela empresa para trabalhar em outro país, enquanto que ambes têm sentimentos não expressos entre si. Se ele e ela falassem o que sentiam, a história teria 10 capítulos a menos. Ele age como um irmãozão dela, que não enxerga o que ele próprio sente, e é uma rota mais dramática.

O terceiro casal é formado por Ami Akashi e Ginnosuke Sugawa, são o casal representado pela Mimosa. Ginnosuke é um veterano na Fill Flower, e inclusive é o mentor de Wataru, da primeira rota. Ele é sexy, bonito e atraente, mas nunca tinha se relacionado com ninguém, nem se apaixonado por nenhuma das muitas clientes que dão em cima dele. Até que um dia, quando foi entregar flores na loja de interiores que a Ami trabalha, algo começou a mudar. Se tem uma frase que descreve a mudança na vida desse playboy, é algo como “eu aprendi o que era amor quando te conheci”. É a rota mais caliente desse jogo.

O último casal, representado pela Nandina, ou bambu celestial, é composto por Miku Yukihira e Tenya Minami. Elus estudaram juntes no Ensino Médio, e depois de um tempo no exterior, Miku decide ir comprar flores e dá de frente com Tenya, que acaba revelando pra ela seus sentimentos guardados desde os tempos de escola, e dá início ao desenvolvimento de uma relação lenta, fofa e cheia de cuidados. Ela acha que não merece tanto amor, e tem dificuldade em aceitá-lo, enquanto que Tenya é paciente e carinhoso, andando cada passo do caminho no ritmo dela. Essa rota é, inclusive, minha favorita.

Embora ainda haja um grande reforço a certos estereótipos, gosto muito do fato de que os homens aqui são mais sensíveis, e até mesmo têm algumas atitudes que seriam consideradas normais em mulheres no contexto japonês, e isso é bem raro, e bem-vindo. O que me estranha, porém é a falta de comunicação total entre as pessoas, e alguns comportamentos das garotas protagonistas que fariam sentido num jogo ambientado nos anos 50, 60, talvez até 80 e 90, em se tratando de Japão, mas que não fazem tanto sentido para mulheres na faixa dos 20 a 30 anos do Japão dos anos 2020.

Reforçando, você pode jogar as histórias em qualquer ordem, mas recomendo a da Tweedia primeiro, tanto por ser a mais leve, quanto porque há alguns pequenos spoilers do Wataru nas outras histórias.

Him, the Smile & Bloom é um slice of life bastante fofo, com pouca ação acontecendo, bastante romance, bastante drama, mas ao mesmo tempo, não tem nada de muito marcante. Você vai ter um quentinho gostoso no peito ao terminar as histórias, e alguns finais têm impacto emocional bacana, mas não é um jogo que fará você sentir saudade e querer voltar depois de terminar tudo.

Jogabilidade

Him the Smile & Bloom 04

Se você leu qualquer uma das reviews que eu fiz de Visual Novel nos últimos dois meses, sabe que eu não enfeito, não. Visual Novel não tem muito o que fazer. Você vai apertar o mesmo botão de novo e de novo e de novo e de novo e de novo, aí, aleatoriamente, vai aparecer alguma decisão pra tomar, você escolhe uma das duas opções (aqui só tem duas a cada decisão), e continua apertando o mesmo botão de novo e de novo e de novo e de novo. E enquanto Him, the Smile & Bloom inova em algumas coisas, esta não é uma delas.

Eu gosto de Visual Novels, porque são como livros que eu decido (em partes) o que acontece, mas não recomendo para quem não gosta. Diferentemente de algumas VNs, que de fato podem ter alguma variação, como House in Fata Morgana ou os jogos da série Ace Attorney, aqui, não.

Você também não sabe o quanto sua decisão influenciou positiva ou negativamente algum resultado, mas pode salvar plenamente, há muitos slots, então, caso queira um final diferente, boa sorte encontrando qual ponto que muda a história, até porque, algumas respostas são ambas boas ou ambas ruins, e não faz sentido claro do que muda.

Conforme cada flor é citada na história, você a desbloqueia no seu dicionário de flores, e é muito legal entrar depois e ver o que cada uma significa, a história, a origem, e informações assim.

Você pode escolher a velocidade do autoplay, pode escolher skippar várias cenas, e, como já falamos, dependendo de suas decisões (que você nunca vai saber quais foram), você tem três finais diferentes. A cada final, você libera artes novas, algumas animações novas e, ao conseguir o melhor final possível de cada, libera um capítulo novo da história individual. E é isso.

Eu acho que o jogo ficaria enriquecido com alguns minigames envolvendo a floricultura. Você poderia preparar arranjos, ou fazer entregas, e assim, conhecer mais da cidade, entre outras opções de atividades que fariam deixar de ser só um jogo de apertar um botão para algo mais dinâmico. Esse minigame de arranjo de flores poderia, inclusive, ser algo a ser acessado do menu principal, para quem quisesse só buscar melhorar nisso, e, quem sabe, ter uma leaderboard online disso.

Parte Técnica

Him the Smile & Bloom 03

Him, the Smile & Bloom roda liso, leve e solto no Switch. É diferente quando um jogo é feito pro console, não é mesmo? As artes são bonitas, as animações, apesar de poucas, são bem feitas, as vozes são todas perfeitas para cada personagem, e as músicas embalam muito (umas duas delas foram pras minhas playlists até), criando uma ambientação perfeita para o clima.

Diferente da tradução automática horrível feita por IA pra versão japonesa, a versão ocidental conta com uma boa tradução. Ela não é perfeita, e algumas expressões idiomáticas não fazem tanto sentido, mas tem poucos erros e faz sentido pra qualquer pessoa que ler. Novamente, lamentamos não ter opções de idioma além de inglês e japonês, mas isso já está virando habitual em VNs.

Conclusão

Him, the Smile & Bloom é uma história slice of life fofa, que acrescenta mais um bom volume ao catálogo de Visual Novels Otome do Switch. Suas quatro histórias guiadas pelo aroma das flores trazem casais interessantes, que apesar de não serem memoráveis, vão ajudar seu coração a ficar calmo e quentinho.

Análise feita com cópia gentilmente cedida pela PQube

Him the Smile & Bloom keyart

Him, the Smile & BloomConfortávelHim, the Smile & Bloom é uma história slice of life fofa, que acrescenta mais um bom volume ao catálogo de Visual Novels Otome do Switch. Suas quatro histórias guiadas pelo aroma das flores trazem casais interessantes, que apesar de não serem memoráveis, vão ajudar seu coração a ficar calmo e quentinho.PrósLinguagem e dicionário das flores acrescenta muita informaçãoHomens fora do padrão de masculinidade japonêsHistórias confortáveis e fofasContrasProtagonistas não tão críveis pros dias de hojeFalta de jogabilidade alternativaFalta de conectividade entre as histórias7{"@context": "http://schema.org/", "@type": "Organization", "name": "<em>Him, the Smile & Bloom</em>","image": [ "https://universonintendo.com/wp-content/uploads/2025/04/Him-the-Smile-Bloom-keyart.jpg" ],"review": { "@type": "Review", "reviewRating": { "@type": "Rating", "worstRating": "0", "ratingValue": "7", "bestRating": "10" }, "author": { "@type": "Person", "name": "Ary Luz" } }}

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