Yoko Shimomura reflete sobre sua carreira após se tornar a primeira compositora de videogames a receber o BAFTA Fellowship
Ao se tornar a primeira compositora de videogames a receber o prestigioso BAFTA Fellowship, Yoko Shimomura compartilhou com o blog oficial da Square Enix um pouco de sua jornada, suas origens, os desafios que enfrentou e como ela dá vida às trilhas de jogos como Kingdom Hearts, LIVE A LIVE e Final Fantasy XV.
Com a humildade que lhe é tão característica, Shimomura contou que ficou surpresa ao saber da premiação. À princípio, mal acreditava. Mas não demorou para que o impacto do reconhecimento caísse a ficha: esse prêmio não era só dela, mas também da música de videogame como um todo, que há décadas conquista espaço e respeito.
Quando comecei nesse trabalho, era muito difícil para as pessoas entenderem o que eu realmente fazia. Isso incluía até meus pais… Mas hoje, sinto que a música de games e sua criação foram, enfim, aceitas pela sociedade.
Sua carreira começou na Capcom, depois de responder a um anúncio de emprego em sua universidade. Simples assim. Mas por trás dessa decisão estava uma paixão sincera por música e videogames, algo que nasceu lá na época do Famicom. Seu primeiro projeto na Square foi LIVE A LIVE um RPG que, com seus mundos diversos, já exigia dela uma versatilidade criativa que viria a se tornar sua marca registrada.
E é claro que a conversa também passou por Kingdom Hearts, talvez o projeto mais emblemático de sua carreira, especialmente para toda uma geração de fãs. Shimomura lembra que ficou surpresa com o tom emocional da série, uma mistura ousada de personagens Disney com temas profundos e, às vezes, sombrios. Seu objetivo não era simplesmente deixar sua assinatura, mas sim compor músicas que parecessem fazer parte natural de cada mundo Disney, ao mesmo tempo em que criava sons únicos para locais como Hollow Bastion.

Para isso, ela sempre buscou se envolver diretamente com os visuais dos jogos. Assistia a versões iniciais, jogava, sentia. Era assim que encontrava o tom certo. Esse mesmo processo foi essencial em Final Fantasy XV, onde moldou uma trilha grandiosa e melódica, inspirada no espírito de uma viagem de carro entre amigos.
Foi graças ao apoio e à torcida de tantas pessoas que consegui receber esse prêmio.
E mesmo depois de uma carreira brilhante e cheia de conquistas, Shimomura deixa claro que ainda há muito por vir:
Quero continuar fazendo música para games pelo maior tempo possível
Se você também cresceu ouvindo trilhas como Dearly Beloved ou se emocionou em alguma trilha de Final Fantasy XV, sabe que Yoko Shimomura não apenas compõe como também ela toca a alma dos jogos. E o coração de quem joga.
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